A área agrícola do Rio Grande do Norte avançou 79 quilômetros quadrados entre 2016 e 2018. É o que mostra o relatório do Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra para 2018, do IBGE, divulgado nesta semana.
Em 2016, o estado tinha 2.669 quilômetros quadrados de área agrícola, o que representava 5% do território potiguar. Em 2018, eram 2.748 quilômetros quadrados destinados à atividade econômica, ou 5,2% de todo o estado. Nesse período, o crescimento foi de 2,96% da área agrícola.
A vegetação campestre (formada natural e predominantemente por arbustos) perdeu 13 quilômetros quadrados, entre 2016 e 2018, para a área agrícola e para área de mosaico de ocupações em área campestre (ocupação mista de área agrícola, composta por pastagem e/ou silvicultura – replantio de vegetação nativa ou exótica para fins comerciais).
Mudanças em 18 anos
Ao considerar toda a série histórica, do ano 2000 a 2018, a redução da vegetação campestre foi a maior mudança. Em 2000, havia 33.376 quilômetros quadrados desse tipo de vegetação, o que significava 63,23% do território norte-rio-grandense. Em 2018, eram 30.797 quilômetros quadrados, 58,35% do território estadual.
Em outra direção, o mosaico de ocupações em área campestre se destaca com o aumento de 1.791 quilômetros quadrados entre 2000 a 2018: partiu de 10.393 quilômetros quadrados, 19,69% da superfície do RN, e chegou a 12.184 quilômetros quadrados, 23% da terra do estado.
Ferramentas digitais de geociências
Há outras sete classes de cobertura e uso de terra (área artificial, pastagem com manejo, mosaico de ocupações em área florestal, vegetação florestal, corpo d’água continental, corpo d’água costeiro e área descoberta).
Todos elas, além dos dados dos Brasil e outros estados, podem ser explorados nos sites Plataforma Geográfica Interativa (PGI), Portal IBGE, Mapas Interativos e Banco de Dados de Informações Ambientais (BdiA), onde é possível a combinação com outros temas ambientais produzidos pelo IBGE.
Monitoramento do uso da terra
O objetivo do trabalho é acompanhar a dinâmica do território, seus processos de ocupação e suas transformações por meio de um monitoramento espacial e quantitativo da cobertura vegetal e do uso da terra em todo o Brasil.
Desde 2010, o estudo é feito pelo IBGE a cada dois anos. A análise da série histórica permite observar a evolução e os padrões de ocupação do território brasileiro.
A metodologia envolve interpretação visual de imagens de satélite, campanhas de campo e consulta a informações complementares. Os dados são divulgados em Grade Estatística, que cobre o território brasileiro com células de 1km². Como produtos, são disponibilizados os mapas, gráficos e tabelas de Contas Físicas.