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No RN, 52% das famílias se recusam a doar órgãos de parentes; percentual é maior que a média nacional

ENTRE JANEIRO A MARÇO DESSE ANO, FORAM REALIZADAS NO ESTADO 15 DOAÇÕES DE ÓRGÃOS

Um dado preocupante foi divulgado nesta terça-feira, 9, pela Central de Transplantes do Rio Grande do Norte: 52% das famílias potiguares se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem superior se comparado ao nacional, que é 43%.

A principal causa apontada de recusa das famílias é o desconhecimento em vida do desejo de doar seus órgãos por parte do falecido, bem como outros fatores culturais, religiosos. Apesar disso, em 2016, o Estado conseguiu manter um patamar de doações de 11,3 por milhão de pessoas, acima da média da região Nordeste, que teve taxa de 9,9 pmp.

Entre janeiro a março desse ano, foram realizadas no Estado 15 doações de órgãos. “A participação da sociedade, por meio da conscientização e da doação de órgãos, é fundamental para elevar o número de transplantes no Estado e no país. Embora existam grandes desafios no cenário dos transplantes de órgãos, todos os esforços objetivam manter as conquistas alcançadas e garantir a efetivação dos serviços de transplantes no estado”, explica a coordenadora da Central de Transplantes do RN, Raissa de Medeiros Marques.

Transplantes
A Central de Transplantes do RN, através da Organização de Procura de Órgãos (OPO) viabilizou, entre os dias 3 e 9 de maio, quatro doações de múltiplos órgãos e uma doação de córneas. O gesto de solidariedade das famílias vai beneficiar pessoas que estavam na fila de espera por órgãos.
Atualmente, o Rio Grande do Norte realiza transplantes de rins, córnea, e medula óssea. A lista ativa de espera para o transplante renal conta com um total de 151 pacientes inscritos. Já a lista de espera por um transplante de córnea é de 123 pacientes e 22 pacientes aguardando um transplante de medula óssea.

Em 2016 foram realizados 221 transplantes no RN, sendo 104 transplantes de córnea, 67 de rim e 50 transplantes de medula óssea.

“Temos trabalhado pra conscientizar a população e estimular que o assunto ‘doação de órgãos’ esteja cada vez mais inserido nos diálogos informais nas diversas famílias e grupos de amigos. Essas questões comprometem a vida e/ou a qualidade de vida de milhares de brasileiros que aguardam por um transplante”, conclui a coordenadora da Central.

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