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No pós-pandemia, potiguares irão manter hábito do delivery de comida e comprar mais produtos de higiene e limpeza, diz pesquisa

FOTO: DIVULGAÇÃO

A pandemia do novo Coronavírus trouxe uma mudança de hábitos da população em todo o mundo. Com o fechamento de escolas, restaurantes, lojas, shoppings, entre outros, e o funcionamento permitido apenas de estabelecimentos considerados essenciais pelos decretos governamentais, os consumidores foram obrigados a mudar diversos dos seus hábitos.

Mensurar qual a tendência de permanência destes hábitos no período pós-pandemia é o foco com o qual o Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Federação do Comércio do RN entrevistou 1.420 pessoas, sendo 800 em Natal e 620 em Mossoró, entre os dias 19 e 28 de agosto de 2020.

Para 77,5% dos natalenses é certa a manutenção de pelo menos um dos hábitos adquiridos neste período. Já entre os mossoroenses, a manutenção dos hábitos deve permanecer entre 71,5% dos entrevistados. Uma média de seis em cada dez pessoas de Natal (61,3%) e de Mossoró (57,7%) disseram que estão comprando mais produtos on-line seja em sites, por meio de aplicativos ou redes sociais.

Entre os principais hábitos que devem permanecer estão os pedidos por meio do delivery de comida pela internet (50% em Natal e 63,8% em Mossoró); e o uso de mais produtos de limpeza e higiene pessoal (48,9% em Natal e 49,7% em Mossoró).

Com relação aos gastos, os valores aumentaram na compra de produtos de limpeza e higiene pessoal (72,6%); alimentação (60,8%); serviços de comunicação como tv, internet e celular (46,5%); remédios e medicamentos (46,4%); e reparos e serviços na casa (27,3%). Por outro lado, diminuíram os valores gastos com lazer (83,8%); refeições fora de casa (67,1%); itens de vestuário e calçados (61%); transportes e combustíveis (48,4%); itens de perfumaria (41,1%); manutenção de veículos (33,9%); e educação/capacitação (22,3%).

Em Mossoró, os gastos aumentaram com produtos de limpeza e higiene pessoal (66,1%); alimentação (61,3%); serviços de comunicação, tv, internet e celular (45,6%); remédios e medicamentos (44,2%); e reparos e serviços na casa (27,3%). E apresentaram queda os gastos com lazer (77,3%); refeições fora de casa (72,3%); roupas e calçados (64,8%); transportes e combustíveis (46,8%); perfumaria e cosméticos (41%); manutenção de veículos (31,3%); e serviços de educação ou capacitação (26,3%).

Questionados se pretendem consumir bens duráveis e semiduráveis ainda em 2020, 74,5% dos natalenses e 69,4% dos mossoroenses afirmaram que sim. Itens como roupas e calçados (52,7% – Natal; 41,6% – Mossoró); eletroeletrônicos (25% – Natal; 17,2% – Mossoró); itens de cama, mesa e banho (22,3% – Natal; 13% – Mossoró); eletrodomésticos (21,6% – Natal; 22,8% – Mossoró); entre outros, aparecem na lista de possíveis aquisições.

Para as compras de final de ano, 46,3% dos consumidores de Natal pretendem gastar até R$ 500; e 34,4% devem gastar valor acima de R$ 500. O gasto médio com as compras de final de ano dos natalenses deve ficar em R$ 408,25. Em Mossoró, 55,8% deverão gastar até R$ 500; com gasto médio um pouco mais baixo, de R$ 267,74. Os gastos devem ser menores do que os do mesmo período de 2019 para 52,6% das pessoas de Natal e para 62,6% das pessoas de Mossoró.

Quando o assunto são as viagens, 61% dos natalenses não pretendem viajar nos próximos seis meses. Entre os que irão viajar, 51,9% farão uma viagem doméstica (ou seja, dentro do RN); 15,7% farão uma viagem regional; 35,6% consideraram realizar uma viagem nacional; e 5,1% almejam fazer uma viagem internacional.

Quando perguntados, 70,2% dos mossoroeses responderam que não pretendem viajar nos próximos seis meses. Para quem vai viajar, o destino escolhido deve ser dentro do RN para 44,3%; para outros estados do Nordeste (27%); para outros estados do país (4,1%); e para outros países (3,2%).

As pessoas também foram questionadas se tiveram perda de renda neste período, e metade (50,1%) dos natalenses e 45,6% dos mossoroenses afirmaram que sim. A maioria (70,1% – Natal e 68% – Mossoró) perdeu até 50% dos rendimentos. A perda de renda foi mais citada por pessoas com idade entre 25 e 34 anos (52,9% – Natal; e 50,6% em Mossoró) e por pessoas com renda familiar de até um salário mínimo (58,6% – Natal; 64,2% – Mossoró).

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