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Ney Lopes confirma candidatura a deputado estadual e diz que a chapa de Carlos Eduardo com Garibaldi e Agripino não tem “cheiro” de oligarquia

NEY LOPES DIZ QUE É CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL E AVALIA QUE A CHAPA DE CARLOS EDUARDO, GARIBALDI ALVES E AGRIPINO MAIA NÃO TEM CHEIRO DE OLIGARQUIA

O ex-deputado federal Ney Lopes de Souza, em entrevista exclusiva ao BLOG DO FM, confirma que vai disputar um mandato de deputado estadual nas eleições de 2018. Considerado um nome de mérito na política estadual, Ney revela que a sua intenção inicial era disputar o Senado, o que não deu certo, pois não conseguiu uma legenda para viabilizar seu projeto político.

Filiado ao PDT do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, que renunciou ao Executivo municipal natalense para disputar o governo do Rio Grande do Norte, Ney Lopes disse que a chapa majoritária encabeçada por Alves, que tem os senadores Garibaldi Alves e José Agripino Maia como candidatos à reeleição ao Senado, não tem “cheiro” de oligarquia, nem representa a chamada “velha política”.

Na opinião de Ney, Carlos Eduardo se aliou a Garibaldi e a Agripino por não ter outra opção para governar Natal. “Voltando à Prefeitura de Natal, ele teve que manter alianças que lhe ajudassem a governar. Outra opção não lhe restou, senão aliança com o PMDB e o DEM pelo acesso que tinham ao governo federal”, disse.

Segue abaixo a entrevista na íntegra:

 

  1.  O senhor confirma a candidatura a deputado estadual?

NEY LOPES – Sim. Diante do momento político de dificuldades que vivemos, resolvi não me omitir. Acumulei experiência na vida pública e desejo colocá-la a serviço do Estado, sem outras pretensões, senão a de ajudar e colaborar com soluções estáveis para o nosso futuro comum.

  1. Por que não saiu candidato a Deputado Federal, ou até mesmo ao Senado, já que a questão do mérito não lhe falta?

NEY LOPES – Agradeço a menção a méritos pessoais, que porventura tenha. Na verdade, a minha primeira intenção foi disputar o Senado. Mas, o sistema partidário brasileiro é muito fechado e os “donos de partidos” têm planos, regra geral, de ordem pessoal e de grupos. Não consegui legenda compatível com as minhas ideias para disputar o Senado. Nessas circunstâncias, e considerando que já tive experiência de 24 anos como deputado federal, no Congresso Nacional, resolvi tentar ser deputado estadual e prestar serviços na reconstrução política e administrativa do Rio Grande do Norte, diante do caos em que estamos mergulhados. Esse é o meu propósito e por tal razão filiei-me ao PDT, a convite de Carlos Eduardo.

  1. O senhor acha que uma chapa majoritária composta por Carlos Eduardo para governo e Garibaldi filho e Agripino para o senado, não tem um “cheiro forte” de oligarquia, da velha política, etc.

NEY LOPES – Um Estado com a tradição política do nosso não pode do dia para noite oferecer opções políticas exequíveis, que não tenham certos vínculos com antigos militantes locais. Carlos Eduardo mostrou ser um excelente administrador. Lembre-se que no passado ele se afastou da sua própria família e apostou na inovação da então candidata Vilma de Faria ao governo do estado. Depois, voltando à Prefeitura de Natal, teve que manter alianças que lhe ajudassem a governar. Outra opção não lhe restou, senão aliança com o PMDB e o DEM pelo acesso que tinham ao governo federal. Por isso nasceu o compromisso de apoio aos dois senadores. Lembre-se que em 2012, o PT com todo o alarde que fazia de combate às velhas oligarquias, levou Lula a apertar a mão de Maluf e aceitar o apoio dele para eleger Haddad, em São Paulo. Agora mesmo, em campos diametralmente opostos na política nacional, o DEM e o PT devem subir no mesmo palanque em três Estados do Nordeste: Ceará, Paraíba e Maranhão. Essas alianças poderão preservar valores, propostas e inovações. Por que só no RN a aliança de Carlos Eduardo seria nociva e da velha política? Não vejo lógica nisso. Até porque, o importante serão as propostas e ideias de Carlos Eduardo, que já salvou Natal do caos e irá salvar o nosso Estado.  E para alcançar esse objetivo, ele somente assumirá compromissos com políticos e correligionários de forma transparente, pública e do conhecimento pleno da população. Isso é o que povo em verdade espera e irá acreditar.

  1. Como você acha que a população, ressabiada com a classe política, receberá chapas como essa?

NEY LOPES – Qualquer que seja a chapa em 2018 o povo receberá com cautela e cuidados. A classe política está no fundo do poço. O que Graças a Deus ainda prevalece é a confiança e a tradição brasileira de crença na democracia. Se isso não existisse, já estaríamos numa ditadura, hoje incrivelmente pregada por alguns, à luz do meio dia, como solução para a crise atual. Portanto, qualquer candidato nesta eleição terá que enfrentar a desconfiança e as exigências do eleitor para tentar obter o voto na urna. Isso será muito bom, pois purificará as escolhas e exigirá comportamentos mais corretos e éticos dos eleitos.

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