Durante oitiva na CPMI das Fake News, o deputado Alexandre Frota afirmou que irá autorizar a quebra do seu sigilo telefônico para comprovar ligação de Bolsonaro pedindo para ele parar de falar do Queiroz.
A deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) participou ontem (30), em Brasília, do depoimento do deputado Federal Alexandre Frota (ex-PSL) à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News, da qual a parlamentar faz parte.
Natália questionou Frota sobre a “rachadinha” – prática de políticos que indicam servidores a cargos de assessoria e recolhem o salário em troca – do Queiroz, que poderia ter financiado as milícias virtuais, o deputado não respondeu à pergunta diretamente, mas afirmou que Bolsonaro chegou a ligar para ele na época pedindo-lhe que parasse de falar sobre Queiroz. Frota ainda destacou que Bolsonaro tem ciência da existência de milícias virtuais e até já elogiou essa milícia quando conversou com ele uma vez. Disse possuir vídeos sobre esse fato e que encaminhará à CPMI.
“Precisamos descobrir se essa rachadinha de Queiroz não financiou essa campanha de difamação e de desinformação. Queiroz é um assunto que parece incomodar muito o presidente, pois segundo o deputado Alexandre Frota ele tentou impedi-lo de falar sobre. O que nós almejamos com essa CPMI é a verdade e não mediremos esforços para chegar nela”, destacou Natália Bonavides.
De acordo com o deputado Frota, o presidente Jair Bolsonaro financia “terroristas virtuais”, fazendo alusão a três assessores particulares que trabalham no Palácio do Planalto, ele disse: “Vem de dentro do Palácio do Planalto os três personagens que vieram das redes bolsonaristas e tiveram oficializadas as suas redes de ataque com dinheiro público. E quem coordena? Carlos Bolsonaro. Direto do Rio de Janeiro, ele coordena realizando reuniões e disparando via WhatsApp os seus comandos.”
O depoimento do parlamentar à CPMI será considerado pela relatora, Lídice da Mata (PSB-BA). A senadora paulista Joice Hasselmann (PSL-SP) também dará o seu depoimento em breve.