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Natal realiza audiência pública para discutir o patrimônio imaterial de bairros históricos

FOTO: DIVULGAÇÃO

Quais memórias formam os bairros históricos de Natal? A Segunda de Vagabundo, a Ginga com Tapioca, celebrações, saberes e tradições que fazem parte do cotidiano dos moradores são alguns dos elementos que podem ser registrados como patrimônio imaterial – e é justamente para discutir esse processo com a comunidade que será realizada a Audiência Pública do Inventário Participativo do Patrimônio Imaterial do Centro Histórico de Natal e Santos Reis.

O encontro acontece no próximo sábado, 06 de dezembro, a partir das 8h, no IFRN – Campus Centro Histórico, e convida moradores e frequentadores da Cidade Alta, Ribeira, Rocas e Santos Reis a contribuírem com a identificação das práticas culturais que marcam a memória e a identidade desses territórios.

O evento integra o projeto aprovado via edital da Funcarte, com execução de pesquisadores e professores do IFRN, que também sedia a atividade. A iniciativa busca reconhecer saberes, celebrações, tradições, lugares simbólicos, formas de expressão, memórias e objetos que compõem o patrimônio imaterial dos bairros históricos de Natal.

Para a arquiteta e professora do IFRN Illanna Revorêdo, propositora da audiência, o encontro é uma oportunidade de esclarecer dúvidas e aproximar a população do processo de registro cultural.

“Muita gente acha que o inventário serve para tombar bens, mas não é isso. Aqui estamos falando de registrar patrimônio imaterial – celebrações, práticas culturais e tradições que fazem parte da vida da comunidade, como a Segunda de Vagabundo, por exemplo. A audiência é justamente para explicar para a população o que pode ou não ser registrado e como esse processo funciona.”

Illanna destaca ainda a parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), fundamental para garantir o alinhamento metodológico do trabalho ao Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).

“Esse inventário está alinhado à metodologia do INRC. Recebemos um treinamento do Iphan especialmente para isso, o que nos capacita a aplicar corretamente a metodologia e alimentar a plataforma virtual que reúne as referências culturais do país. Fazer parte dessa rede nacional é muito significativo para Natal e para a valorização das nossas memórias.”, afirma.

A participação da comunidade é essencial e muito necessária, já que são os moradores que vivenciam esses territórios e reconhecem os elementos que compõem sua identidade. Após a palestra de abertura, os participantes irão vivenciar oficinas práticas para apontar, a partir de suas percepções, quais referências culturais devem compor o inventário.

“Como é uma audiência pública, ela precisa ser aberta e participativa. Queremos ouvir os moradores da Cidade Alta, Ribeira, Rocas e Santos Reis. As oficinas vão permitir que a comunidade identifique o que considera valioso, o que deve ser preservado e o que representa sua história”, destaca Illanna.

Portal da Tropical

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