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Natal: Pesquisadores chegam à capital potiguar para mapear o genoma do zika vírus

Imagem: Reprodução

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Pesquisadores do Brasil e do mundo estão na capital potiguar para realizar o mapeamento do genoma do famigerado zika vírus. Para realizar a pesquisa, cientistas de referência nacional do Reino Unido deverão percorrer seis cidades da região nordeste. Natal será a pioneira no projeto “Zika In Brazil Real Time Analisys”, que acontece em parceria com o Ministério da Saúde.

Um dos primeiros passos da pesquisa será compreender a formação genética do vírus para se descobrir um diagnóstico preciso, uma vacina ou um tratamento mais adequado. “Vamos ver que tipo de informação conseguimos retirar do genoma do vírus, a diversidade genética. Essa diversidade vai se alterando ao longo do tempo e o que tentamos fazer é reconstruir esse padrão de mudança ao longo do tempo. Também perceberemos de onde veio o vírus, quando ele chegou e como ele está se desenvolvendo no Brasil”, explicou Nuno Faria, uma dos coordenadores da pesquisa do Reino Unido, em entrevista ao jornal Tribuna do Norte.

Quando foi identificado no Brasil, houveram rumores de que era o mesmo encontrado na Ásia, porém, para o pesquisador da Fundação Osvaldo Cruz na Bahia, Luiz Alcântara, o vírus encontrado no Brasil tem suas características próprias e que se agrupo ao que foi encontrado no continente asiático, mas, de nenhuma maneira podem ser considerados idênticos. Isso porque alguns fatores devem ser levados em conta, principalmente o hospedeiro e as diferenças de raças (questões biológicas), mesmo com a miscigenação.

Os pesquisadores pretendem, durante a pesquisa, colher 750 amostras de genoma. Isso inclui a informação genética do vírus durante a fase aguda da doença e nos mosquito aedes aegypti. Esse genoma poderá dar informações de como é cada organismo vivo e de onde ele veio. Mas, isso poderá passa de geração pra geração, já que a mutação pode ter ser possível durante o processo evolutivo.

Apesar disso, a correlação dessas mutações e o histórico do paciente poderá contribuir para a pesquisa, principalmente no que concerne a parte de sintomatologia onde já foram registrados casos de pacientes com síndrome neurológica de Guillain-Barré, que paralisa alguns membros do corpo e outros não.

Informações: Tribuna do Norte

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