A Prefeitura de Natal ingressou com uma Ação Civil Pública na Justiça para que a Ponte de Igapó seja liberada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O equipamento está com as duas faixas no sentido zona Norte/zona Oeste interditadas desde o mês de setembro do ano passado.
O município questionou o bloqueio e afirmou que o canteiro de obras poderia ter sido instalado em uma área à margem da rodovia federal, em uma área que pertence ao município de São Gonçalo do Amarante, ao invés de ter sido colocado sobre a ponte. Dessa forma, não haveria necessidade, na concepção da prefeitura, de bloqueio na via. Na ação, a Procuradoria Geral do Município enfatiza que a intervenção impacta negativamente a população da capital e de cidades vizinhas.
“Ocorre que, a interdição da Ponte de Igapó está afetando diretamente a rotina dos 350.000 habitantes da Zona Norte de Natal/RN, assim como de todo o comércio da Capital Natalense (não apenas os estabelecimentos circunvizinhos, mas também outras áreas comerciais como a do Bairro do Alecrim; inclusive, tendo sido registrado o fechamento de quatro empreendimentos), ocasionando uma revolta coletiva da população”, diz a prefeitura.
A PGM ainda complementa afirmando que “o impacto da referida interdição atinge desde os trabalhadores que precisam se deslocar para trabalhar na Zona Sul da Capital, até os consumidores que tendem a evitar cruzar a ponte”.
Outro fator apontado pela Prefeitura de Natal é o “aumento significativo no tempo de viagem das linhas que circulam na Ponte de Igapó, principalmente nos horários de pico”. As linhas citadas pela gestão municipal na ação foram a N-04, N-07 e N-73, que registram atrasos em horário de pico ou não. No entanto, as demais linhas também apresentam problemas nos quadros de horários.
Os serviços de restauração na Ponte de Igapó devem durar 18 meses. Além da restauração das estacas, blocos e pilares, o DNIT também planeja realizar uma série de outras melhorias na estrutura. Isso inclui a substituição dos aparelhos de apoio, demolição de elementos deteriorados, reforço das vigas, substituição dos drenos e juntas estruturais, recuperação das barreiras, dos refúgios da ponte ferroviária, dos passeios de pedestres e dos guarda-corpos, bem como a substituição do revestimento asfáltico das pontes
O Dnit foi procurado para comentar sobre a ação ingressada pela Prefeitura de Natal, mas não se posicionou até a publicação desta matéria.
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