A polêmica começou no “New York Times”, mais precisamente na coluna de Charles Blow, que afirmava que personagens de desenhos animados promoviam estereótipos e a cultura do assédio. Um exemplo foi Pepe Le Pew, o gambá que faz de tudo para conquistar a amada. O personagem da Warner Bros tem um comportamento no mínimo questionável, de acordo com Blow e uma legião de usuários da rede social. O gambá francês é naturalmente inconveniente pelo seu odor e pelas suas insistentes investidas amorosas. Nas animações, ele está sempre atrás da gatinha Penélope. Para muitos, Pepe normaliza a cultura do assédio e do estupro e deve ser “cancelado”. A repercussão foi tanta que recentemente uma cena do gambá, que teria a participação da modelo brasileira a modelo brasileira Greice Santos, foi retirada do novo “Space Jam”, estrela por Lebron James e a turma do Pernalonga. Sob pressão, o gambá acabou “cancelado”.
A polêmica respingou em outra personagem, desta vez humana. Nos últimos dias, nas redes sociais hispânicas, surgiu com força o movimento pedindo o “cancelamento” da Dona Clotilde, vivida por Angelines Fernández na série infantil “Chaves”, contou reportagem do jornal colombiano “El Tiempo”. Tudo porque a “Bruxa do 71”, como ela também é conhecida, faz seguidas investidas, sem quaisquer correspondência e consentimento, no Seu Madruga, interpretado por Ramón Antonio Estebán Gómez de Valdés y Castillo.
Internautas compararam a insistência de Clotilde àquela vista em Pepe Le Pew, incluindo o contato físico. Seu Madruga virou vítima como Penélope, já que demonstra grande desconforto com a atitude recorrente da vizinha.
O movimento ganhou eco nas redes, mas também muita gente considerou o pedido de “cancelamento” de Dona Clotilde um “exagero”.
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