
O prefeito de Natal, Paulinho Freire (União), afirmou nesta terça-feira 30 que vai “lutar até o final” para que a oposição lance apenas uma candidatura nas eleições de 2026 para o Governo do Estado. Ele declarou, porém, que, se isso não for possível, terá de se posicionar no pleito e antecipou que não ficará contra o grupo que lhe apoiou em 2024.
Atualmente, a oposição estadual caminha para estar dividida em dois palanques nas eleições de 2026. Um grupo é liderado pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), e outro é composto pelos senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (PSDB) e também pelo ex-prefeito de Natal Álvaro Dias (Republicanos). Paulinho é mais próximo politicamente desse segundo grupo.
“Vou lutar até o final para que a gente possa sair unido. Se não sair, eu vou ter que me posicionar. E não posso ficar contra quem me ajudou: Rogério, Álvaro, Styvenson. Isso é muito claro. Eu sempre fiz política dessa maneira: com lealdade. Se hoje eu estou como prefeito, é por conta disso, porque eu consegui juntar um grupo, por ser uma pessoa que passou confiança a esse grupo de que não ia trair. E vou continuar com a minha característica, que é ser leal a quem sempre foi leal comigo”, afirmou o prefeito, à rádio 96 FM.
“Se não conseguir (unir), que se converse para, num possível segundo turno, esse grupo estar unido, desde que eles não se enfrentem”, emendou o prefeito.
Paulinho, no entanto, ainda disse ter confiança de que toda a oposição estará unida. “Tenho defendido que a gente faça a união, para que a gente possa sair com muita força. Isso foi um dos segredos da minha eleição aqui em Natal”, disse o prefeito, lembrando de sua vitória em 2024.
O prefeito de Natal reforçou, porém, que é improvável que todos os interesses sejam conciliados. “Infelizmente, talvez, e praticamente, isso não vai dar certo. E eu tenho que me posicionar. Claro que eu tenho que levar em conta aqueles que me ajudaram, que estiveram comigo, na minha eleição”, declarou.
Paulinho minimizou a divergência evidente que ele tem com o comando do próprio partido, o União Brasil, que tem a pré-candidatura de Allyson Bezerra. “Eu quero deixar claro que não existe crise entre Paulinho e o (ex-)senador José Agripino. Todo mundo sabe da estima e amizade que eu tenho com o (ex-)senador. Ele viajou e, quando ele retornar, vamos nos reunir para tomarmos decisões”, acrescentou.
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