SELO BLOG FM (4)

‘Não podemos deixar que política interfira na economia’, diz presidente da Fiern sobre tarifaço

FOTO: JOSÉ ALDENIR

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz, acredita na possibilidade de o tarifaço americano sobre produtos brasileiros ser revogado antes de 6 de agosto – data para quando está previsto o início da taxação. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira 31, o empresário disse que o Brasil deve investir na diplomacia para convencer o governo Donald Trump a não seguir em frente com a tarifa.

“O desafio agora é buscar uma reversão nesse pequeno período (até 6 de agosto). A gente tem essa esperança, acredita que isso possa ser resolvido com uma relação diplomática inteligente”, destaca o presidente da Fiern.

“Precisamos equacionar isso. Não podemos deixar que o ambiente político possa interferir tanto na economia. Estamos falando de bem-estar, emprego, investimento, estamos falando de economia. A gente tem essa esperança (de reversão). Em momento algum, as empresas deixaram de pensar alternativas, de buscar mitigar os efeitos possíveis que venham a acontecer com essa taxação caso ela permaneça”, concluiu.

O governo americano tem argumentado que o motivo para a taxação não é econômico, e sim político. A gestão de Trump cobra o fim do que chama de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é processado no Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de tramar uma tentativa de golpe após perder as eleições de 2022. Trump tem chamado o processo de “caça às bruxas”.

Com a tarifa de 50% anunciada pelo governo dos Estados Unidos, a economia do Rio Grande do Norte poderá sofrer um duro baque, já que produtos potiguares ficarão muito pouco competitivos no mercado americano, tornando a exportação praticamente inviável. A Fiern afirma que sal, pescados e confeitos – que não estão entre as exceções para aplicação da tarifa – representam cerca de 80% de tudo o que é exportado do Estado para o mercado americano.

Por causa disso, a Fiern e entidades representativas dos setores mais atingidos defendem a busca por novos mercados para os produtos potiguares. Essa pode ser uma alternativa a demissões nos setores afetados.

“O desligamento (demissões) é um negócio muito traumático para as empresas. O que a gente está buscando é outras alternativas de mercado”, afirma Roberto Serquiz.

Agora RN

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram

Comente aqui