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“Não estou em saia justa”, diz Kátia Abreu sobre PMDB

MINISTRA É AMIGA PESSOAL DA PRESIDENTE DILMA. (FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)

MINISTRA DA AGRICULTURA É AMIGA PESSOAL DA PRESIDENTE DILMA. (FOTO: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL)

Diante do rompimento do PMDB com o governo e do impeachment da presidente Dilma Rousseff, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, não quis cravar se seguirá o partido e deixará o posto.

Durante entrevista à rádio CBN, ela fez uma defesa inflamada da presidente e contra o processo de impeachment em andamento no Congresso, mas afirmou que após a decisão do PMDB ser tomada, ela fará uma avaliação do cenário e anunciará sua decisão.

“Não estou em saia justa, tenho plena consciência das pressões e contrariedades”, afirmou.

 

Kátia Abreu tentou adotar um tom democrático durante a entrevista. Disse que impeachment existe na Constituição e que não é golpe, se feito dentro do que determina a lei.

Semelhante ao que tem defendido o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nas últimas semanas, ela argumentou que não há crime de responsabilidade que possa justificar a deposição da presidente e que, se o impeachment for feito baseado com o que há hoje, pode ser classificado de golpe.

“Nós, o Brasil, não temos o direito de ser imprudentes com impeachment”, afirmou. Segundo ela, se for tirar todo gestor eleito que se tornou impopular, terá de ser feita uma devassa nos governos dos Estados e nas prefeituras.

Ela admitiu, ainda, que a presidente cometeu erros na economia, que há raiva contra o Partido dos Trabalhadores (PT), mas pediu que as coisas sejam avaliadas de maneira técnica. “O governo errou na economia? A presidente é impopular? As pessoas estão com raiva do PT?”, questionou, para ela mesma responder em seguida. “Isso é fato”, disse.

A ministra também fez críticas ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao peso que se tem dado às pedaladas. “Como já escreveu o ex-ministro Delfim Netto, pedaladas se praticam desde Dom João VI no Brasil. Isso não é suficiente para se tirar a presidente”, defendeu.

A ministra argumentou que, diante do histórico de pedaladas de outros presidentes, que gostaria de que O TCU não usasse dois pesos e duas medidas.

“A lei não pode retroagir para prejudicar, como o TCU, tendo aprovado contas de presidentes que pedalaram, não pôde aprovar as dela?”, questionou. Para ela, não interessa o tamanho da pedalada, se é crime para um, tem de ser para todos os outros.

“Eu não vejo e não encontro nenhuma desonestidade que possa levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff”, garantiu.

Para ela, mesmo a saída da presidente, os problemas econômicos não vão se resolver, muita coisa precisa ser feita. Ela salientou que o impeachment não é a solução.

Kátia Abreu observou que conversa com a presidente todos os dias e que ela está confiante no Judiciário e no Congresso que, quando fizerem a análise do processo, vão entender que não há crime ou motivos para impeachment.

Fonte: Exame

 

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