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Não está morta: disposta a “passar a limpo” o seu governo, Fátima Bezerra poderá ser a “Fênix” e ressurgir das cinzas até 2022

Fátima Bezerra mostra-se disposta a jogar todas as cartas que dispõe para reverter nos próximos dois anos

Quem apostar que a governadora Fátima Bezerra está morta e a sua gestão previamente sepultada, pode perder a parada. Encerrada as urnas de 15 de novembro, Fátima Bezerra dá sinais de que está pronta para passar a limpo o seu governo, combater o bom combate e reverter os altíssimos índices de rejeição que a sua administração conquistou e que ficou evidenciado por todas as pesquisas divulgadas ao longo do processo eleitoral.

Em recente entrevista ao diário matutino Tribuna do Norte, a governante disse uma frase – “não sou mulher de fugir da luta” – que retrata o seu perfil, desde a época em que se projetou na política através da bandeira do sindicalismo.

Em seu íntimo, Fátima Bezerra deve ter a consciência de que o seu governo é a “Geni” da vez, alvo de pedras jogadas pela população que a vê, prematuramente, como sendo uma carta fora do baralho das eleições de 2022.

Fátima Bezerra mostra-se disposta a jogar todas as cartas que dispõe para reverter nos próximos dois anos a imagem de administradora medíocre para a de gestora que conseguiu levar para o ponto de equilíbrio um estado que se encontra em colapso.

Não é impossível, Fátima Bezerra pode ressurgir das cinzas.

Mas, para isso, ela terá que minimizar o sectarismo petista, abrir um diálogo verdadeiro e honesto com a classe política e setores produtivos e expurgar da sua administração figuras carimbadas que atrapalham a gestão mais do que ajudam, e quando abrem a boca acontece um desastre.

Não passou despercebido aos observadores mais atentos que Fátima Bezerra já começou o processo de construção da imagem de seu governo, investindo na comunicação para fazer chegar à opinião pública ações administrativas realizadas, e que a grande maioria da população desconhece. A “prestação de Contas” governamental está sendo veiculada com força em emissoras de rádio e TV com alcance estadual.

Daqui por diante, Fátima Bezerra irá capitalizar com força ações positivas de governo e afinar o discursos em torno de iniciativas como o pagamento do 13° dos servidores no mês de outubro, a previsão da divulgação do pagamento do 13° que ficou da gestão anterior, a chegada da nova rota de carga da LatamCargo para o aeroporto, viabilizando o transporte de peixes e frutas e ampliando a capacidade de logística do Estado, a finalização das obras do Governo Cidadão (Banco Mundial), como escolas, hospital da mulher (Mossoró), centrais do cidadão, além da inauguração de novos parques eólicos até o fim da gestão, reafirmando a liderança do RN no setor, sem falar na recuperação do Teatro Alberto Maranhão e a recente nomeação de policiais para atuar no RN, um feito que há anos não acontecia.

É obvio que a sua busca por tirar o seu governo das cinzas e levá-lo para as luzes dos refletores da popularidade será difícil, mas só depende dela, da mesma forma que só a ela será futuramente creditado o ônus do fracasso, caso não consiga prover as mudanças que o Rio Grande do Norte precisa para voltar a ser economicamente saudável e competitivo, inclusive no setor de turismo, hoje uma vergonha diante da imagem do turismo proativo que o estado ostentava no passado recente.

Extremamente desgastada, sim, mas longe de está morta.

Os próximos dois anos vão ser decisivos para a “volta por cima” da governadora que hoje tem o seu governo rejeitado e que saiu das urnas de 15 de novembro derrotada, com o seu partido elegendo apenas três prefeitos no Rio Grande do Norte.

Se quiser sair do inferno para o céu, a governadora Fátima Bezerra terá que incorporar o espírito da Fênix, a ave da mitologia grega que ressurgia das cinzas, quando todos pensavam que ela se encontrava morta.

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