Musical potiguar “Aqui é o meu lugar” com trilha sonora de Khrystal e Sérgio Groove estreia neste domingo (27), às 18h 30 na Arena das Dunas, compondo a programação do Domingo no Arena.
Genuinamente potiguar, o Musical tem trilha sonora assinada pela dupla Khrystal e Sérgio Groove, a partir do seu mais recente trabalho musical “Romã”, que traz um sentimento de cura e esperança para um mundo massacrado por uma pandemia e que precisa se reerguer, através da fé em si mesmo.
Idealizado pelo Coletivo artístico Komboio Potiguar, existente em Natal desde 2016, a obra faz parte do Festival Viva Cidade proposto pelo coletivo e conta a história de seis personagens, onde quatro deles formam a “irmandade” que evocam as quatro zonas da capital potiguar, abraçados pelo “Sol e sua Noiva, responsáveis pelo plano de unir em nó as distâncias entre esses irmãos-territórios.
No elenco dos irmãos estão os atores-cantores Doc Câmara e Zeca Santos e as cantoras-atrizes Heli Medeiros e Lysia Condè. No personagem do Sol está a cantora e atriz Khrystal que assina a trilha sonora junto com Groove e como a noiva do Sol está o ator e cantor Dudu Galvão que tb assina a direção dênica e musical do espetáculo.
A trilha sonora será executada ao vivo pelo multi-instrumentista e compositor Sérgio Groove, que também assina, em parceria com Dudu Galvão, a direção musical do espetáculo. A direção de arte, cenografia e figurinos são assinados pelo artista visual Irapuã Jr. A dramaturgia é de Euler Lopes, premiada escritora de Aracaju (SE), mas que tem Natal como sua segunda casa. A produção geral e realização do Festival é o do Komboio Potiguar, idealizado e produzido por Zeca Santos e pela multi artista Rafaela Brito da Cores que tocam produções.
Sobre o festival VIVA CIDADE
Idealizado pelo artista e produtor cultural Zeca Santos, o Viva Cidade é o primeiro festival do coletivo Komboio Potiguar que oferece a bordo de uma kombi palco, diversas ações sócio-culturais, ambientais e de qualidade de vida, como oficinas artísticas, ações formativas, adoçao de mudas nativas, oficinas de jardinagem e feira criativa, ocorridas em seu lançamento no início desse mês na capital Potiguiar. O festival desperta o senso de pertencimento do potiguar ao seu Estado, o cuidado de sí e do meio ambiente.
Sobre o Musical
Aqui é o meu lugar evoca as quatro zonas da capital, nos fazendo pensar sobre o nosso senso de pertencimento e identidade territorial. A cidade é nosso lugar de moradia, de luta social, de fluxos e tráfegos, dialoga com nossa construção humana e constitui elemento crucial na na nossa formação como contribuintes e responsáveis pela evolução do nosso território em várias camadas: do político ao afetivo, do geográfico ao ambiental.
O espetáculo se passa no tempo de um dia, percorrendo os quatro cantos da cidade, da zona norte à zona oeste, da zona leste à zona sul, convidando o público a viajar junto com os quatro irmãos “por acidente” – Carlão do 30, Ceiça das Muambas, Filhote do Diabo e Rita de Cássia – em diversos meios de transporte. Ou seja, a peça acontece EM TRÂNSITO, o tempo inteiro.
Temos um cenário formado por um grande ônibus-ponte, fazendo referência ao meio de transporte que mais agrega os diferentes tipos de pessoas que vivem aqui na cidade e também a um dos símbolos mais marcantes da nossa história – a ponte velha de Igapó. Dele, saem os outros veículos que levam os personagens no decorrer da trama – uma bicicleta de entregas, um carro de aplicativo, um foguete e um trem. Feito com estruturas móveis e maleáveis, eles se desmembram do ônibus e entram em cena para ajudar a contar a história.
Com traços épico-narrativos, a obra convida o natalense a reconhecer o seu lugar, o seu habitat natural, com todos os seus problemas, dores, conflitos, mas também riquezas, poesias urbanas e evoluções. Para compor as imagens das paisagens do espetáculo, utilizamos grandes tecidos e redes de pesca para preencherem o espaço cênico e saltar aos olhos do espectador. Texturizado por uma paleta de cores que traz o urbano para o jogo (com o concreto, o metal e os tons sóbrios), a estética mais opaca da cenografia corrobora com os figurinos acimentados das personagens – figuras engolidas pela força do concreto da cidade, mas mesmo assim cheias de personalidades que iluminam a trama. Para agregar o valor da sustentabilidade, nos adereços e em alguns elementos da cenografia chegam os elementos reaproveitados de sucatas, materiais reciclados e não-convencionais.
O espetáculo equilibra a linguagem popular do teatro de rua e a sofisticação do teatro musical, em sua complexidade de arranjos e jogo com o texto, resultando numa dramaturgia com bom humor e conteúdo histórico. Queremos espelhar o olhar do espectador com a memória do que ele conhece da cidade e o que ele ainda pode conhecer, se divertindo com as personagens, as situações inusitadas e se encantar com as canções de Khrystal & Sérgio Groove e nosso elenco de atrizes e atores profissionais, com cenas marcantes de tirar o fôlego e delicadas para abraçar a alma.