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Música transforma vidas na Zona Oeste de Natal

FOTO: DIVULGAÇÃO

Com fé, coragem, alegria e amor. É dessa forma que Silvana Karla de Oliveira, 43 anos, narra como realizou seu sonho de criança, de aprender a tocar violino, junto com suas filhas, Ana Karina e Edna Kayllane. Mãe e filhas, formam um exemplo de superação. Elas formam uma das muitas famílias de Felipe Camarão e Bom Pastor impactadas pelos projetos desenvolvidos pela ONG Atitude Cooperação na área do esporte e da música.

“Tive uma infância de sofrimento e abusos, precisei abandonar os estudos cedo para cuidar da minha família. Após a perda de um filho, acabei me envolvendo com o uso e o tráfico de drogas. Foi aí que a música voltou à minha vida, como uma restauração”, conta Silvana.

Atualmente ela é uma das poucas pessoas no Rio Grande do Norte que trabalham como “luthier” de violino, um ofício que também aprendeu dentro da ONG, que foi fundada pela Unimed Natal. Agora, ela ajuda outras pessoas a também terem acesso à música, doando instrumentos reformados por ela mesma.

“Eu inventava as coisas e ainda fazia minhas filhas me ajudarem”, conta rindo. Silvana lembra que juntava o salário e comprava instrumentos pra doar às pessoas envolvidas com a Atitude Cooperação.

Gerações

A história da família teve uma reviravolta em 2010, quando a filha, Karina, conheceu os projetos da ONG. A princípio, participou do vôlei, depois judô, mas foi na música que encontrou a sua vocação. Hoje ela é professora de música, licenciada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Uma das suas maiores experiências é a de ter sido uma das 30 pessoas a participarem de uma das audiências gerais do Vaticano, por meio do Madrigal da UFRN em 2018. 

“Eu brinco que sou estou na música desde o ventre da minha mãe, mas nós viemos de uma família de quatro gerações de mulheres lavadeiras. Quando entrei no projeto, lembrei do sonho da minha mãe em tocar violino e contei para ela”. Mas, para isso, Silvana precisaria voltar a estudar. Emocionada, Karina relembra que essa era uma forma de ter a mãe mais perto. Mãe e filha davam força uma pra outra nos estudos.

Silvana então assumiu seu sonho e largou seu emprego para retomar os estudos e se dedicar à oportunidade. Como era muito envolvida com a comunidade, foi convidada para colaborar com a ONG, quando a sede ainda estava sendo construída e os projetos aconteciam em algumas escolas, uma delas a Escola Estadual Jean Mermoz.

Sonhos

“Eu brinco que esse lugar aqui é também um pouco a minha casa porque eu vi tudo ser construído. Meu primeiro contato com a música foi com sete anos de idade, com um professor que me ensinou a imaginar as notas musicais nos fios do poste de energia”, relata Silvana. “Na primeira vez que peguei um violino, estava tão nervosa, fiz tanta força no instrumento que ele descolou”.

Agora, seu sonho é continuar incentivando outras pessoas que tenham interesse pela música, trazendo a comunidade e famílias para estarem cada vez mais perto, participando desse processo. “Eu senti falta da presença da minha família nessas etapas da minha vida. Então meu trabalho era e continua sendo trazer as famílias dos alunos também para dentro da Atitude Cooperação, mostrando o poder do exemplo e da presença”, conclui Silvana. 

Sobre a Atitude Cooperação

A Atitude Cooperação é uma organização não governamental criada em 2006 pela iniciativa da Unimed Natal, também sua maior incentivadora por meio da Lei Djalma Maranhão. O Projeto Tocando a Vida com D’Amore, que leva o nome do seu idealizador, o maestro e violinista Oswaldo D’Amore, surgiu em 2010 visando ampliar o ingresso de crianças e adolescentes no universo da música. 

Em 2022, foram quase 900 vagas preenchidas nos Projetos desenvolvidos da ONG. Doe agora, torne-se um parceiro ou junte-se a nós como voluntário. Saiba mais em atitudecooperacao.org.br.

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