O Museu Câmara Cascudo da UFRN (MCC) ganhou uma cápsula do tempo que guardará mensagens para o futuro que será fechada nesta segunda-feira (22). A estrutura deve ser aberta somente daqui a cinquenta anos, quando serão lidas cerca de trezentas cartas enviadas por representantes da sociedade potiguar. O projeto prevê, ainda, uma cápsula virtual com mensagens em vídeo que também só serão visualizadas em 2074. A realização é da Organização Atitude Social e Ambiental (OASA) em parceria com a Instituição, e apoio de diversas organizações públicas e privadas.
A Cápsula do Tempo tem uma estrutura em granito e foi instalada no dia 22 de abril, Dia Internacional da Terra, em uma área do Parque do Museu. A peça foi criada especialmente para o projeto, pelo arquiteto Nilberto Gomes de Sousa e desenvolvida em parceria com as empresas Mármore LTDA e AçoArte. No local, haverá espaço para tubos onde serão guardadas as cartas escritas por representantes de comunidades indígenas, quilombolas, de terreiros, além de crianças da rede pública, professores, representantes do poder público e de entidades privadas.
A iniciativa do projeto partiu da OASA, entidade que atua com ações de sustentabilidade na região metropolitana de Natal e no interior do estado. A principal ação do grupo é a produção de mudas em viveiros nos municípios de Extremoz e Assu, produzindo cerca de dez mil mudas de plantas nativas para uso em projetos de reflorestamento. A preocupação com a sustentabilidade trouxe reflexões sobre o futuro da sociedade, o que resultou na ideia da Cápsula do Tempo.
O Museu Câmara Cascudo atua no projeto com o compromisso de preservar o passado para promover reflexões sobre a contemporaneidade e contribuir para traçar as perspectivas do futuro. No espaço estão presentes acervos de Paleontologia, Arqueologia e Etnologia, que conservam e remontam as mais antigas eras geológicas e representam a ocupação humana desde períodos pré-coloniais aos tempos mais recentes. O MCC atua também na área dos estudos ambientais, com pesquisas e projetos nos campos de sustentabilidade e educação ambiental no Parque do Museu, uma área verde de quase sete mil metros quadrados no bairro do Tirol.
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