A única alteração que ocorrerá na Refinaria Potiguar Clara Camarão será a transferência do seu gerenciamento para a diretoria de exploração e produção, deixando a diretoria de refino e gás natural. Os investimentos previstos não serão suspensos, todos os empregos serão preservados, as operações serão mantidas e continuarão a ser produzidos todos os derivados de petróleo de hoje. A garantia foi reafirmada pelo gerente-geral da Petrobras na unidade operacional Rio Grande do Norte – Ceará, Tuerte Amaral Rolim, em audiência pública realizada na Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal.
Segundo o diretor, a partir de 2015 – com o agravamento da crise que atingiu a Petrobras – foi iniciado um estudo integrado para avaliar a viabilidade de tornar única as gestões das áreas de refino e gás natural e a de exploração e produção da empresa. “Só vamos mudar o modelo de gestão para que possamos dar mais robustez às operações, melhorar a eficiência e o resultado operacional da refinaria. Para nós, cada centavo economizado é importante nesse momento”, observou Tuerte Rolim.
Antes do diretor da Petrobras se pronunciar, o presidente do Sindicato das Empresas do Setor Energético do Estado do Rio Grande do Norte e suplente da senadora Fátima Bezerra, Jean-Paulo Prates, enumerou uma série de questionamentos sobre as alterações que a Petrobras está realizando na Refinaria Clara Camarão. “Não quero correr o risco de ser alarmista, nem de usar o tema politicamente, mas, sim, fazer um alerta para que o Estado não seja pego de surpresa e possa se antever a decisões ruins, como a venda de campos marginais e o fechamento de plantas terrestres”, declarou.
Por sua vez, o senador Garibaldi Filho cobrou um maior envolvimento da Petrobras com o estado do Rio Grande do Norte e defendeu que a empresa aprimore sua forma de se comunicar. “Talvez, se tivesse se comunicado melhor, a Petrobras teria evitado essa repercussão negativa toda e evitado inclusive necessidade de realização dessa audiência”, afirmou. Ele reforçou a necessidade de a empresa “dar maior importância” ao RN e sua atividade econômica.
Já o deputado Walter Alves disse ter ficado satisfeito e tranquilo com a renovação do compromisso de que a alteração na Refinaria Potiguar Clara Camarão não implicará em demissões e redução nos investimentos previstos. Também participaram da reunião os senadores José Agripino e Fátima Bezerra (presidente da CDR) e os deputados federais Antonio Jácome, Felipe Maia, Beto Rosado, Zenaide Maia e Rafael Motta.