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MP quer parceria entre Município e Estado no Hospital de Campanha de Natal

FOTO: SARA CARDOSO

O Ministério Público do Rio Grande do Norte quer que o Hospital de Campanha de Natal abra leitos também os pacientes do Estado, em uma parceria com o governo. O procurador-geral de Justiça, Eudo Leite, afirmou nesta segunda-feira (27) que vai tentar reuniões com representantes da prefeitura da capital ainda nesta semana e tratará do assunto.

Como os encontros ainda não aconteceram, não há detalhes de como se daria a divisão da participação do Estado e do Município nesse processo, bem como quantos leitos poderiam ser abertos na unidade.

 “Com relação ao Hospital de Campanha, estamos tentando agendar reuniões nesta semana com o Município, e tentar uma articulação e, quem sabe, fazer com que o hospital tenha uma participação do Município e do Estado do Rio Grande do Norte, para viabilizar leitos também (para o Estado) naquela unidade, que hoje ainda não estão viabilizados”, declarou o procurador-geral.

Eudo Leite abordou o tema durante entrevista coletiva concedida pelo MP, junto com MP do Trabalho, o Governo do Estado, o MPF e o diretor da Liga Contra o Câncer, para tratar da contratação de leitos para pacientes do novo coronavírus.

O prédio do antigo Hotel Parque da Costeira em Natal, na Via Costeira, começou a ser transformado em um hospital de campanha no final do mês passado. A unidade terá 100 leitos para receber pacientes leves de Covid-19 na cidade.

Sobre as UTI no interior, Eudo Leite afirma que, em Mossoró, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta para a criação de 100 leitos. “Há também um trabalho do Estado em Caicó, destinando os pacientes para Currais Novos e utilizando o Hospital de Caicó para a Covid-19”, acrescentou.

Recomendação conjunta

Na semana passada, o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e o MP do Trabalho fizeram uma recomendação conjunta a todos os municípios potiguares. A orientação trata do cumprimento do decreto estadual que trata do isolamento social.

“Para que não haja relaxamento, como alguns estavam fazendo, ou pretendendo, tendo que respeitar a forma paulatina de abertura, na medida em que as autoridades sanitárias identifiquem que já se pode fazer algum relaxamento”, detalhou Leite.

O procurador-geral de Justiça reforçou que a quarentena para tentar inibir a propagação do novo coronavírus ainda não está em fase de “relaxamento”. “Nesse momento, a palavra não é relaxamento, é de manutenção das medidas de isolamento e distanciamento social”.

Na mesma recomendação, segundo Eudo Leite, houve a solicitação para que as prefeituras enviassem em até 48h as medidas que haviam adotado na cidade para o cumprimento do decreto. “Já estamos recebendo várias manifestações das prefeituras e vamos compilar todo esse material”, adiantou.

G1RN

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