Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), a maioria mulheres, invadiram o parque gráfico do GLOBO na manhã desta quinta-feira. Entre os manifestantes, que chegaram em dez ônibus, havia pessoas armadas com facões. O grupo parou no estacionamento para visitantes, de acesso livre, e invadiu o prédio. Os seguranças da empresa não impediram a invasão, devido à quantidade de pessoas.
Os manifestantes fizeram pichações de mensagens políticas em vidraças, sofás, paredes e no piso. Também atearam fogo em pneus ao redor de um totem com o nome do jornal, que é de metal e não chegou a ser danificado. Os invasores gravaram toda a ação e divulgaram em redes sociais. Meia hora depois da invasão, o grupo deixou o local. Não houve feridos.
A polícia vai investigar o caso. Uma perícia foi enviada ao local.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Asoociação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudiaram, com veemência, a invasão MST ao parque gráfico do GLOBO.
Em nota conjunta, as entidades afirmaram que “é inadmissível que um grupo, que se diz defensor das causas sociais, ameace e ataque profissionais e meios de comunicação que cumprem a missão de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”.
O texto diz ainda que “atos criminosos como este são próprios de grupos extremistas, incapazes de conviver em ambiente democrático, e não pautarão os veículos de comunicação brasileiros”.
A Abert, a Aner e a ANJ pedem apuração dos fatos, “com a punição dos responsáveis, para que vandalismos como este não voltem a se repetir”.
Fonte: Extra