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Morre de câncer, aos 57 anos, o lendário locutor de rodeios Asa Branca

O CAPITÃO DAS ARENAS TINHA 57 ANOS E ENFRENTAVA UM CÂNCER AGRESSIVO NA GARGANTA. FOTO: DIVULGAÇÃO

Morreu na tarde desta terça-feira, 4, o ex-locutor de rodeios Waldemar Ruy dos Santos, que ficou conhecido por seu nome artístico, Asa Branca. A informação foi confirmada nas redes sociais oficiais do ex-locutor. Ainda não há informações sobre o velório e o enterro.

O capitão das arenas tinha 57 anos e enfrentava um câncer agressivo na garganta. A situação era complicada porque, além da doença, ele era portador do vírus HIV desde 1999 e tinha oito válvulas implantadas na cabeça em decorrência de uma hidrocefalia causada pela criptococose, a doença do pombo.

Asa Branca nasceu em Turiúba, em 19 de abril de 1962. Entrou nas arenas pela porteira da frente, montando em touros, mas a carreira de peão foi interrompida quando o chifre de um animal furou um de seus pulmões.

Sem poder montar, Asa Branca passou de peão a narrador e tornou-se a principal atração dos rodeios, destacando-se pela forma como narrava as montarias, sempre inovando. O helicóptero, uma de suas marcas registradas, quase sempre estava presente em suas entradas triunfais nas arenas.

Chegou a apresentar programas de televisão, como o Som Brasil e o especial Amigos, ambos da Rede Globo. Marcou presença também em novelas, entre elas O Rei do Gado, um dos grandes sucessos da emissora. Também participou de inúmeros programas de TV, especialmente os dominicais, como o Domingão do Faustão (Globo) e o Domingo Legal (SBT), na época apresentado por Gugu.

Em 2013, Asa Branca contraiu criptococose, a doença do pombo, que atinge o sistema nervoso. Na época, chegou a ficar internado por 83 dias, passou por seis cirurgias no cérebro, onde foram colocadas oito válvulas.

Recentemente, o ex-locutor enfrentou o mais cruel golpe em sua saúde: descobriu um câncer na garganta, que se espalhou pela face. A doença, já em estado terminal, era agravada por sua condição de portador de HIV e pelas válvulas na cabeça. Ele não podia passar pelas sessões de quimioterapia, já que poderia não resistir ao tratamento.

Diário da Região

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