O juiz Sérgio Moro agendou a data para depoimento do ex-presidente Lula no processo da Operação Lava-Jato contra o ex-deputado federal Eduardo Cunha. O petista foi chamado como testemunha pelos advogados de defesa de Cunha. Em ofício, o magistrado pediu que o juiz federal da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo realizasse a intimação de Lula. O ex-presidente será ouvido por meio de videoconferência no dia 30 de novembro, às 17h30m.
No despacho de segunda-feira, em que também pediu que o presidente Michel Temer escolhesse como gostaria de fazer seu testemunho, Moro havia determinado que fosse expedido carta precatória para a Justiça Federal de São Bernardo do Campo para a oitiva de Lula com um prazo de 30 dias. O pedido foi feito como aditamento a outra carta precatória, isto é, como complemento a outra intimação feita pela Lava-Jato, de Rodrigo Garcia da Silva, vendedor da Kitchens Cozinhas e Decorações, empresa que construiu a cozinha planejada do tríplex cuja propriedade a força-tarefa atribui a Lula. O ex-presidente irá depor logo após Rodrigo Garcia.
No ofício desta terça-feira, em que pediu o complemento de carta precatória, o juiz explicou o adiantamento: “Esclareço, outrossim, que o presente pedido se deve à imperiosa necessidade de dar celeridade a feito com réu preso (Eduardo Cosentino da Cunha), bem como, também, por racionalidade, uma vez que ja há ato agendado com essa Subseção, para a mesma data”, afirmou.
Como testemunha de ação penal, como é o caso do processo contra Cunha, o ex-presidente Lula fará a promessa de dizer a verdade do que souber e lhe for perguntado.
O Globo