O morador de rua Antônio Luís Rodrigues, de 48 anos, que foi a óbito na última sexta-feira (27) após passar três dias internado no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró, morreu por complicações de uma infecção urinária avançada, e não após sofrer queimaduras por óleo quente. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (30) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesap).
Em nota, a Sesap informou que o homem em situação de rua deu entrada no Tarcísio Maia na terça-feira da semana passada, dia 24 de janeiro, com histórico de infecções urinárias e atendimentos em Unidades de Pronto Atendimentos da cidade de Mossoró. A secretaria acrescenta que o paciente era colostomizado e, na entrada do hospital, foi diagnosticado com infecção urinária avançada.
Ainda segundo a secretaria, o quadro evoluiu para uma infecção generalizada, septicemia e óbito no dia 27 de janeiro. “A unidade hospitalar fez todos os procedimentos possíveis para salvar o paciente”, informa a direção do hospital.
O morador de rua até tinha queimaduras pelo corpo, mas provocadas pelo sol e sem gravidade.
Morte gerou abertura de investigação
Durante o fim de semana, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) chegou a anunciar a abertura de um inquérito para apurar a morte do morador de rua, por causa da suspeita de que ele teria sido queimado com óleo quente enquanto dormia. O Governo do Estado também soltou nota informando que iria apurar os fatos.
A governadora Fátima Bezerra (PT) chegou a se pronunciar sobre o caso e dizer que a morte de Antônio Luís era um “crime abominável e que não ficará impune”. “A morte covarde de Antônio Luís Rodrigues não ficará impune. O culpado ou os culpados serão identificados e responsabilizados pela barbárie”, afirmou a governadora, em publicação nas redes sociais.
Procurada, a Polícia Civil não informou o que será feito do inquérito.
Portal 98 FM