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Mocidade Independente de Padre Miguel homenageia o RN na Sapucaí

FOTO: MARCO TERRA NOVA – RIO TUR

A  escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel,  abriu o segundo dia de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (12). Embalado pelo samba mais ouvido do pré-carnaval, o desfile sobre o caju entregou um verdadeiro suco de Brasil na Avenida a escola.

Em um dos carros alegóricos a escola homenageou Luiz Inácio de Oliveira que plantou  em dezembro de 1888 um pé de caju na praia de Pirangi. O pé de caju cresceu em  1994 foi reconhecido pelo Livro dos Recordes como o maior cajueiro do mundo. O pescador chamado Luiz Inácio de Oliveira, que morreu aos 93 anos sob a sombra da árvore.

Enredo

Apresentando o enredo “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira, a verde e branca da Zona Oeste levou para a avenida história da fruta do cajueiro, suas lendas e curiosidades junto ao povo brasileiro. A agremiação terminou sua apresentação com 70 minutos. O enredo foi o mais tocado em uma plataforma de música do Rio de Janeiro, quatro semanas antes do Carnaval.

Confira a letra

Por outras praias a nobreza aprovou

Nas redondezas se espalhou, tão fácil, fácil!

E nesta terra onde tamanho é documento

Vou erguer um monumento para seu Luiz Inácio

Nessa batalha teve aperreio

Duas flechas e no meio uma tal cunhã poranga

Tarsila pinta a sanha modernista, tira a tradição da pista

Vai Debret! Chupa essa manga!

É tropicália, tropicana, cajuína

Pela intacta retina, a estrela no olhar

Carne macia com sabor independente

A batida mais quente, deixa o povo provar

Meu caju, meu cajueiro

Pede um cheiro que eu dou

O puro suco do fruto do meu amor

É sensual, esse delírio febril

A Mocidade é a cara do Brasil

Eu quero um lote

Saboroso e carnudo

Desses que tem conteúdo

O pecado é devorar

É que esse mote beira antropofagia

Desce a glote, poesia

Pede caju que dá

Delícia nativa

Onde eu possa pôr os dentes

Que não fique pra semente

Nem um tasco de mordida

E aí tupi no interior do cafundó

Um quiprocó virou guerra assumida

Provou porã, fruta do pé

Se lambuzou, Tamamdaré

O mel escorre, o olho claro se assanha

Se a polpa é desse jeito, imagine a castanha

Ponta Negra News

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