As microempresas do Rio Grande do Norte mantiveram, em 2019, um resultado na geração de vagas de trabalho formal superior ao registrado pelas pequenas, médias e grandes empresas. Os negócios desse porte foram recordistas na geração de emprego com carteira assinada e criaram 7.144 novas vagas no ano passado, a exemplo do que vem ocorrendo desde 2014. Em seis anos, as microempresas potiguares já acumulam um saldo de 44.957 postos de trabalho gerados. Já as grandes empresas foram as que tiveram o maior déficit na geração de emprego em 2019: 2.221 vagas perdidas, enquanto as pequenas apresentaram uma retração do saldo em 1.247 postos de trabalho. Já as médias empresas encerraram o ano com um saldo positivo de 65 vagas.
O setor de serviço foi que mais contribuiu para que o Rio Grande do Norte finalizasse 2019 com um saldo positivo de 3.741 vagas. As atividades ligadas à prestação de serviços contrataram mais que demitiram e findaram o ano com um saldo de 2.161, mantendo assim 191.238 pessoas empregadas do estoque total de vagas do estado, que soma 429.047 trabalhadores contratados em regime celetista. O segundo segmento que mais abriu novas vagas no ano passado foi o da construção civil, que admitiu 951 novos trabalhadores. O setor amarga desde 2015 um déficit superior a 13 mil vagas.
O setor agropecuário foi o terceiro que mais contribuiu para o saldo positivo no estado com a criação de 384 postos de trabalho. A indústria de utilidade pública e comércio também geraram vagas: 217 e 109 vagas respectivamente. Com tradição de absorver mão de obra, o setor comercial do RN acumula um déficit de 4,2 mil postos nos últimos cinco anos. Em todos os setores, o Rio Grande do Norte soma uma perda de 12 mil postos de trabalho nesse mesmo período.
A análise sobre o mercado de trabalho formal do Rio Grande do Norte consta na edição 46 do Boletim dos Pequenos Negócios do RN, uma publicação elaborada pelo Sebrae e divulgada nesta quinta-feira (6). O informativo traz uma síntese dos principais indicadores da economia potiguar ao longo do ano passado e que podem influenciar o segmento da micro e pequena empresa. O material está disponível no portal do Sebrae (www.rn.sebrae.com.br).
Arrecadação
A publicação destaca ainda o crescimento nominal de 1,5% na arrecadação de Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). De acordo com o boletim, o RN recolheu R$ 5,7 bilhões somente referente a esse tributo, enquanto no ano anterior a arrecadação foi de R$ 5,6 milhões. Entre 2015 e 2019, o crescente nominal de arrecadação foi de 27%, enquanto a inflação medida pelo IPCA, em idêntico período, foi de 19,54%.
O boletim também traz uma análise sobre a comércio exterior e mostra que a balança comercial do Rio Grande do Norte fechou o ano com um superávit recorde de US$ 225,3 milhões em 2019. As exportações apresentaram um crescimento de 41,8% e somaram US$ 393,17 milhões, enquanto as importações tiveram um aumento de 0,91% e ficaram em US$ 167,8 milhões.