
Diante da polêmica com os enteados, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) reforçou sua oposição à aliança do partido com Ciro Gomes (PSDB) no Ceará. Em nota nesta terça-feira (2), ela voltou a criticar a aproximação articulada pelo deputado André Fernandes (PL-CE).
“Eu jamais poderia concordar em ceder meu apoio à candidatura de um homem que tanto mal causou ao meu marido e à minha família”, disse a ex-primeira-dama.
A aliança entre o PL (Partido Liberal) e Ciro Gomes seria uma estratégia para derrotar o PT (Partido dos Trabalhadores) na disputa pelo governo do Ceará em 2026. Michelle Bolsonaro considera, porém, que “seria o mesmo que trocar Joseph Stalin por Vladimir Lenin”, em referência aos líderes da União Soviética.
“Não podia ficar calada diante desses acontecimentos”, escreveu a presidente do PL Mulher. “Ciro Gomes não é e nunca será de direita. Nunca defenderá os nossos valores. Sempre será um perseguidor e um maledicente contra Bolsonaro”.
Ela ressaltou que o ex-governador do Ceará chamou Jair Bolsonaro (PL) de “ladrão de galinhas” em 2024, ao comentar o indiciamento do ex-presidente no caso das joias sauditas, além de acusá-lo de cometer genocídio na pandemia.
Ciro Gomes também protocolou um pedido de declaração de inelegibilidade de Bolsonaro ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em 2022, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Michelle Bolsonaro reivindicou o direito de não aceitar a aliança, ainda que fosse da vontade do marido. Ela afirma que o ex-presidente não esclareceu se de fato concorda com a aproximação, como alegam os enteados.
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