Pelo menos metade da população do Rio Grande do Norte não respeita as medidas de distanciamento social para evitar contaminação por coronavírus, de acordo com levantamento da In Loco – uma empresa de tecnologia que usa dados de 60 milhões de usuários de aplicativos de smartphones para fazer mapeamento sobre a situação no Brasil.
O índice mais atualizado é da última quarta-feira (22). Com 49,9% da população em isolamento, o estado ainda ficou quase dois pontos acima da média nacional que foi de 48% e figurou na 10ª posição entres as unidades federativas com maiores índices de isolamento.
No Nordeste, o estado tem um isolamento menor que o de Pernambuco (54,28%), Ceará (53,43%), Maranhão (51,82%), Piauí (50,46%) e Paraíba (50,06%). Porém, os dados apon
De acordo com outro estudo, feito pelo pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da UFRN com base em dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o aplicativo Waze, no mesmo dia 22 o fluxo de veículos em Natal estava 64,2% menor que a média. Por outro lado, no gráfico é possível perceber picos aos finais de semana, principalmente aos domingos. No dia 19, a redução era de apenas 20,54% em relação ao período anterior aos decretos de isolamento no estado.
O mesmo padrão se repete todos os domingos. Enquanto nos demais dias da semana, o fluxo chega a cair mais 60% aos domingos a redução fica em cerca de 20% e ficou em 16% no domingo 12 de abril, quando foi comemorada a Páscoa.
“Uma coisa que observamos é que, sempre aos domingos há um pico e às quartas-feiras, a maior redução. Acreditamos que isso esteja relacionado aos hábitos dominicais da população, de ir à missa ou almoçar na cada dos familiares. Até mesmo saírem para dar uma volta de carro, por estarem angustiadas em ficar em casa o dia todo. Mas isso tudo são inferências. Não podemos confirmar apenas com base nos dados”, comenta o pesquisador Rodrigo Silva, que desenvolveu o gráfico.
De acordo com ele, havia expectativa que o aumento do fluxo aos domingos caísse, após a Arquidiocese de Natal determinar que as missas fossem celebradas pelas redes sociais. Porém, isso não se confirmou.
G1RN