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Mês de julho pode fechar com 800 bares/restaurantes fechados em Natal; já são 8 mil desempregados

FOTO: ILUSTRAÇÃO

A Associação de Bares e Restaurantes do Rio Grande do Norte (Abrasel/RN) estima que os três meses de pandemia do novo coronavírus causaram a perda de 8 mil empregos em Natal, somente no setor de alimentação. A quantidade reflete o fechamento de aproximadamente 400 bares ou restaurantes, 20% de 2 mil estabelecimentos. Em julho, a quantidade de empresas fechadas pode dobrar e chegar a 800, se a reabertura gradual da economia não acontecer. A estimativa é do presidente da Abrasel/RN, Artur Fontes.

Em todo Rio Grande do Norte, o desemprego pode atingir 30% de 120 mil empregos formais no setor de bares e restaurantes, ainda segundo a Abrasel.  Caso isso se confirme, o dado representa  mais de 2 mil empresas fechadas.

Segundo Fontes, as soluções encontradas pela maioria dos bares e restaurantes foi aderir à Medida Provisória do Governo Federal de suspensão por 60 dias dos contratos de parte dos funcionários. Mesmo com parte dos estabelecimentos abertos através do serviço de delivery, a maioria dos funcionários foi suspensa através da MP. “Um restaurante que tinha 300 a 200 funcionários manteve só uma parte trabalhando e os outros estavam em casa”, explicou.

A MP federal foi um guarda-chuva para as empresas, que deixam de arcar com os encargos trabalhistas temporariamente. Os funcionários passam a receber parte do seguro-desemprego para manter a renda. Aprovada em abril para permitir a suspensão nos meses de maio e junho, a medida foi votada e aprovada no Congresso mas ainda carece de sanção do executivo federal para poder ser aplicada nas empresas.

Entretanto, na avaliação de Fontes, os estabelecimentos sofrem com outras despesas mensais, como o aluguel, e parte deles vai precisar pagar a folha salarial de junho. “Muitos funcionários retornaram neste mês de junho porque a MP havia se encerrado. E tem estabelecimentos que os funcionários voltaram na teoria, mas ficaram em casa porque o local de trabalho não estava em funcionamento. Eles vão ter que receber”, contou.

A expectativa de reabertura gradual no dia 17 de junho iria possibilitar, ainda segundo o presidente da Abrasel/RN, o mínimo de receita para arcar com essas despesas de julho. No protocolo adotado pelo governo estadual, os serviços de alimentação poderiam abrir 10 dias depois da primeira fase da reabertura gradual iniciar. “Mas com o adiamento para 1º de julho, é mais prejuízo. Abrir quinze dias antes parece pouco, mas você já consegue diminuir prejuízos. Sem a reabertura, a tendência é o quadro piorar”, lamentou Artur Fontes.

Abertura de leitos

O presidente da Abrasel/RN reconheceu a gravidade da pandemia do novo coronavírus em todo mundo e opinou que o foco do Estado deve ser na abertura de leitos. Na última segunda-feira, 22, o empresário criticou a recomendação dos Ministérios Públicos que pediu o adiamento da reabertura, marcada então para o dia 24. “O Ministério Público deveria cobrar das Prefeituras a abertura de mais leitos, antes de entrar na discussão sobre a reabertura gradual da economia”, disse.

Com informações da Tribuna do Norte

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