Ecoponto: o melhor destino para resíduos recicláveis
O ecoponto é um espaço disponibilizado para a coleta de objetos e materiais que não devem ser descartados no lixo comum, devido ao seu grande volume, à necessidade de tratamento específico para suas peças e componentes e ao seu potencial de contaminação.
O objetivo do ecoponto é a destinação correta desses materiais, evitando seu abandono em ruas, calçadas e terrenos baldios e seu descarte final em lixões ou aterros sanitários, situações que podem acarretar em danos ambientais.
Em Natal nós temos diversos ecopontos espalhados pela cidade. Alguns deles são a Casa Durval Paiva, que recolhe eletrônicos; o Idema recebe pilhas; a A&D Embalagens, plástico; a UFRN recolhe lápis, caneta, marcador, bucha de lavar louça e suas embalagens, cápsulas de café, tampas de garrafa pet, tubos de pasta de dente, e óleo de cozinha usado; E a Natal Reciclagem, que recebe metal, plástico, papel, lixo eletrônico e resíduos perigosos, eles também possuem um atendimento via whatsapp, o Ecozap, que faz a coleta em domicílio.
Os ecopontos enviam os resíduos para a reciclagem, incentivando assim a economia circular, cuja a principal ideia da é tirar o conceito de “lixo” que temos já formado em nossa cabeça e substituir por uma visão mais contínua e cíclica de produção, na qual os recursos deixam de ser somente explorados e descartados e passam a ser reaproveitados em um novo ciclo.
A economia circular anda aliada a logística reversa que é um pensamento estratégico de ações que vai contra a logística tradicional e visa o recolhimento e reaproveitamento de materiais já utilizados no processo de produção, trazendo tais resíduos sólidos de volta ao ciclo de vida empresarial, ou buscam alguma outra destinação ambientalmente correta.
Tudo isso põe em prática os 3 R’s da sustentabilidade, reduzir, reutilizar e reciclar, que visam minimizar o desperdício de materiais e produtos, além de poupar a natureza da extração inesgotável de recursos.
Caso você tenha conhecimento de algum outro ecoponto em Natal nos informe através do instagram do @institutocidadelimpa.
Logística reversa deve aumentar de 70 para mais de 5 mil pontos de coleta de lixo eletroeletrônico no país
Segundo levantamento da Universidade das Nações Unidas (UNU), cerca de 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico foram produzidos em todo o mundo em 2016, sendo que 80% dele foi descartado de forma inadequada. O Brasil foi um dos maiores responsáveis, gerando aproximadamente 1,5 milhão de toneladas. Essa “contribuição” está com os dias contados, uma vez que o País já iniciou seu programa de Logística Reversa no setor. Objetivo é alcançar mais de cinco mil pontos de coleta para que o material seja reciclado ou receba uma destinação ambientalmente correta.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabeleceu a obrigatoriedade da Logística Reversa de eletroeletrônicos, foi criada em 2010, mas somente em 2019, quando o Ministério do Meio Ambiente (MMA) assinou acordo com o setor, ações estão sendo colocadas em prática, como explica André França, secretário de Qualidade Ambiental do MMA.
“Quando o atual governo assumiu, eram apenas 70 os pontos de coleta. Em apenas três meses da assinatura do acordo já foram instalados mais cem novos pontos e o número vai aumentar nos próximos anos”, destaca o secretário. “O acordo setorial para a logística reversa prevê metas de estruturação de pontos de entrega de forma a aumentar de 70 pontos para mais de 5 mil pontos até 2025. A previsão é chegar ao fim de 2020 com mais de 420 pontos instalados em todo o Brasil, o que seria quase 10% de uma meta de cinco anos.”
Acelerado – O acordo assinado prevê duas fases, sendo a primeira dedicada à estruturação do sistema e a segunda relacionada à sua implementação e operacionalização, com metas anuais e crescentes, prazos e ações concretas. Segundo André França, o setor está se antecipando, o que pode acelerar os bons resultados.
“O que é interessante nesse acordo firmado em outubro de 2019 é que ele tem uma cláusula que permite antecipar os resultados do cumprimento das metas. O ano de 2020 é de estruturação e as metas são de 2021 para frente, mas essa cláusula está estimulando vários fabricantes a antecipar a instalação de pontos de coleta”, aponta França. “Não à toa foram instalados mais de 100 pontos apenas entre novembro de 2019 e janeiro de 2020. Isso é mais do que feito nos últimos nove anos.”
O objetivo do MMA é que os cinco mil pontos de coleta de eletroeletrônicos possam abranger os 400 maiores municípios do país, ou seja, aqueles com população superior a 80 mil habitantes. Isso compreenderia aproximadamente 60% da população.
“Importante ressaltar que 100% dos produtos coletados em todo o país deverão ser enviados para a destinação final ambientalmente adequada, preferencialmente a reciclagem, reinserindo assim os materiais na cadeia produtiva, reduzindo as pressões por novas matérias-primas e os impactos ambientais causados pelo descarte inadequado”, explica França.
A não reciclagem de eletroeletrônicos representa bem mais do que somente um risco ao meio ambiente, significa também dinheiro jogado fora. Segundo levantamento da Universidade das Nações Unidas, as 45 milhões de toneladas de lixo eletrônico gerado em 2016 têm o valor de matéria-prima estimado em 55 bilhões de euros.
Ainda de acordo com a UNU, se as grandes nações do mundo não desenvolverem programas semelhantes ao do Brasil nos próximos anos, teremos em 2050 cerca de 110 milhões de toneladas de lixo eletroeletrônico descartados no meio ambiente.
Previstas na Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, campanhas de comunicação estão entre as ações do MMA em 2020. “Agora é hora de conscientizar a população para a importância do descarte adequado, não só dos eletroeletrônicos como também de todos os resíduos sólidos passíveis de reciclagem”, finaliza André França.
Um novo destino para o lixo
Para muitos países desenvolvidos, o lixo tem grande valor: os rejeitos são transformados em gás para o aquecimento das casas e em eletricidade. O Brasil quer seguir o exemplo. No segundo semestre, a administração federal deve inaugurar uma grande estação de processamento de resíduos na Região Centro-Oeste, que tem um dos piores indicadores de coleta e reciclagem de lixo do país.
A iniciativa contará com recursos do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics. “É preciso resolver o passivo ambiental gerado com os aterros sanitários e o lixo com urgência”, disse Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente.
O governo vai construir novas usinas e conceder à iniciativa privada sua gestão. Em Copenhague, a usina Copenhill, inaugurada em 2019, deve processar neste ano 40.000 toneladas de lixo, gerando energia para mais de 220.000 residências. No Brasil, 10 milhões de toneladas de lixo vão para os aterros ou têm destinação errada todos os anos.
Empresa americana que defende ‘compostagem humana’ como alternativa ‘verde’ a enterro ou cremação
Uma empresa dos EUA divulgou detalhes científicos de seu processo de “compostagem humana” para funerais ambientalmente amigáveis.
Um estudo piloto produzido com voluntários que morreram mostrou que os tecidos humanos se decompuseram de forma segura e completa em 30 dias.
A empresa, Recompose, diz que esse processo economiza mais de uma tonelada de carbono em comparação com a cremação ou o enterro tradicional.
Ela afirma que oferecerá o primeiro serviço de compostagem humana no Estado de Washington (EUA) a partir de fevereiro.
A diretora executiva e fundadora da Recompose, Katrina Spade, disse que preocupações quanto às mudanças climáticas são um dos principais motivos que levam muitas pessoas a manifestar interesse no serviço.
“Até agora 15 mil pessoas assinaram nossa newsletter. E a legislação para permitir isso no Estado recebeu apoio bipartidário, permitindo que ela fosse aprovada na primeira vez que foi protocolada”, diz ela.
“O projeto avançou tão rapidamente por causa da urgência da mudança climática e a consciência de que precisamos enfrentá-la”.
Os resultados de um estudo científico sobre o processo de compostagem, que a Recompose chama de redução orgânica natural, foram apresentados no encontro da American Association for the Advancement of Science (associação americana para o avanço da ciência) em Seattle.
“Há uma praticidade amorosa nisso”, ela disse em uma das raras entrevistas desde que anunciou os detalhes do projeto, há um ano.
Ela conta que teve a ideia há 13 anos, quando começou a pensar sobre sua própria mortalidade — à idade madura de 30 anos!
“Quando eu morrer, este planeta, que me protegeu e sustentou por toda a minha vida, não deveria receber de volta o que me restou?”
Spade faz uma distinção entre decomposição e recomposição. A primeira acontece quando um corpo está sobre o solo. A segunda envolve integrar-se com o solo.
Ela diz que, em comparação com a cremação, a redução natural orgânica de um corpo impede que 1,4 tonelada de carbono seja lançado na atmosfera. E ela acredita que haja uma economia similar quando o método é comparado com o enterro tradicional se levados em conta o transporte e a fabricação de um caixão.
“Para muitas pessoas, isso dialoga com a forma com que elas tentam conduzir suas vidas. Elas querem um plano de morte que dialogue com a forma como elas vivem.”
O processo envolve deixar o corpo num compartimento fechado com pedaços de madeira, alfafa e palha. O corpo é lentamente girado para permitir que micróbios o consumam.”
Trinta dias depois, os restos ficam disponíveis para que familiares os despejem em plantas.
Embora o processo seja simples, o aprimoramento da técnica levou quatro anos de estudos científicos. Spade pediu à cientista do solo Lynne Carpenter Boggs que realizasse o trabalho.
A compostagem de animais de rebanho é uma prática antiga no Estado de Washington. A missão de Carpenter Boggs era adaptá-la a humanos e garantir que os vestígios fossem ambientalmente seguros.
“Nós ficávamos conferindo uns aos outros. Minha fisiologia parecia diferente, eu não dormi bem algumas noites, não tive fome — foi uma resposta a um distúrbio”.
Carpenter-Boggs descobriu que o corpo em recomposição alcançava a temperatura de 55 graus Celsius durante um certo período.
“Estamos certos de que ocorre uma destruição da ampla maioria de (organismos causadores de doenças) e remédios por causa das altas temperaturas que alcançamos.”
O negócio da recomposição começará no fim deste ano. Qualquer um poderá participar do processo, mas ele só é legal no Estado de Washington. No Colorado, discute-se a aprovação de uma lei sobre a redução orgânica natural. Spade acredita que é uma questão de tempo até que o método esteja disponível amplamente — nos EUA e em outros lugares.
“Esperamos que outros Estados abracem a ideia depois que começarmos em Washington. Tivemos muito entusiasmo no Reino Unido e em outras partes do mundo, e esperamos abrir filias no exterior quando pudermos.”
1 Comentário
Boa postagem, parabéns.