Instituto Cidade Limpa lança clipe “Vamos tornar Natal a capital mais limpa do Brasil”
O Instituto Cidade Limpa, em parceria com a Dueto produções e Zé Marcos Studio, lançou um clipe para conscientizar a população em manter as praias e a cidade limpas.
O clipe faz parte do projeto para tornar Natal a capital mais limpa do Brasil e foi lançado neste verão para incentivar a educação socioambiental dos cidadãos.
Manchas de óleo voltaram a aparecer no litoral do Ceará
No litoral do Nordeste o problema continua sendo a mancha de óleo. Essas manchas voltaram a aparecer no litoral do Ceará, e é a segunda vez que a cidade de Itarema, que fica a 2Km de Fortaleza, é atingida.
Esse óleo chegou à faixa de areia e foi recolhido por funcionários da prefeitura.
As cidades de Amontada e Itapipoca, também no Ceará, já haviam registrado o aparecimento de meia tonelada de resíduos de óleo.
Moeda social ‘Eco Pila’ é implementada em Montenegro na troca de lixo reciclável
Na cidade de Montenegro, a 60 km de Porto Alegre, moradores, empresas e comércio aderiram a uma campanha que contribui com a preservação do meio ambiente. Eles usam uma moeda social, chamada de “Eco Pila”, para trocar garrafas PET, papelão e latas de alumínio por dinheiro vivo.
A ideia é da Associação do Comércio e da Indústria (ACI) de Montenegro e Pareci Novo para envolver os moradores nas questões ambientais.
“O comércio e a indústria também têm responsabilidade sobre o destino dos seus materiais. Muitas vezes a gente pensa que está mandando [o material descartado] na coleta seletiva, mas não sabe onde está chegando, e aqui, com o Eco Pila, a gente sabe exatamente para onde está indo cada resíduo. A gente sabe que nada se perde”, afirma a gestora ambiental Maria Helena da Rocha.
O ciclo é relativamente simples. Uma equipe recolhe e pesa o material levado pelos moradores na Praça Rui Barbosa, Centro de Montenegro. Os Eco Pilas recebidos podem ser usados nas empresas cadastradas no sistema da ACI. Depois, essas empresas trocam a moeda social por reais na assessoria ambiental de Montenegro, que irá reiniciar o ciclo.
O nome da moeda, baseado na gíria que os gaúchos usam para se referir a dinheiro, equivale ao peso do material reciclável. Um quilo de latinhas, por exemplo, equivale a três Eco Pilas. Já um quilo de plástico ou de papel vale R$ 0,20. Para que a cotação seja boa, porém, é preciso separar o lixo e descartar o material corretamente.
“No começo traziam tudo misturado”, diz o assistente administrativo Luís Timm. “Com o tempo, a pessoa vai se educando, separando material por matéria, plástico mole do plástico duro, papel do papelão.”
Não apenas empresas e comércio aderiram à iniciativa. Crianças aprendem e se divertem com o mercado informal.
“A gente amassa latas e traz para cá. Na maioria das vezes dá R$ 10, de vez em quando chega a R$ 20. Uma vez deu R$ 25, aí a gente guardou para comprar os materiais do ano que vem da escola”, afirma Afonso Henrique Haas, de 11 anos.
Outro resultado positivo é o aprendizado sobre a quantidade de resíduos que cada um produz. Com esta noção, cada pessoas aprende a reduzir o consumo e a necessidade de reciclar.
“O que tem de plástico! Hoje a gente nota isso. ‘Se fosse dinheiro!’, a gente sempre brincava. Agora é”, diverte-se a auxiliar administrativa Carina Mota.
O negócio com jeito de brincadeira serve para preparar os mais jovens na educação ambiental. A família do corretor de imóveis Alexandre Melo se engajou na causa.
“É para elas [crianças]. Todo Eco Pila que a gente junta é para vocês depois”, comenta, dirigindo-se aos pequenos.
“Eu não sei exatamente quanto tem agora. Mas a gente já usou no cinema, uns 200 Eco Pilas. Tudo que dá pra usar a gente acaba usando”, completa Isabela Nunes Melo, de 17 anos.
As empresas que ainda não estão cadastradas podem procurar a ACI para aderir à iniciativa. Do valor total recebido, 10% retorna ao Núcleo Socioambiental para ser usado em ações socioambientais e de sustentabilidade.
Incêndios florestais de origem natural se espalham pela Austrália
A Austrália vive um dos piores incêndios florestais dos últimos anos, desde setembro de 2019. O fenômeno é natural e é causado pela combinação de temperaturas superiores a 40º C e uma quantidade insuficiente de chuva, que deixam a vegetação extremamente seca. Além disso, os ventos fortes que são típicos dessa época do ano agravam a situação, espalhando as chamas por vários quilômetros.
Esse fenômeno natural das queimadas ocorre todos os anos na Austrália, entre o final da primavera, no mês de novembro, e início do verão, no mês de dezembro. Porém, em 2019, os incêndios começaram antes do previsto, e foram mais violentos. A explicação está nas temperaturas que ultrapassam os 44º C.
No dia 21 de dezembro, a primeira-ministra do estado de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, afirmou que seria impossível controlar os incêndios na localidade “até que as chuvas comecem”. Nova Gales do Sul é o estado mais populoso do país e concentra 70% dos focos de incêndio.
Por causa das condições climáticas e do solo seco, Berejiklian explicou que “qualquer foco de incêndio ativo pode se tornar muito perigoso rapidamente”. E a situação em Nova Gales do Sul deve piorar neste início de 2020, já que as temperaturas podem chegar a 47º C.
Emergência de saúde pública
Segundo a agência de notícias France Press, 15 pessoas morreram em decorrência dos incêndios desde setembro de 2019.
Mais de 460 mil hectares foram destruídos somente no estado de Nova Gales do Sul, onde está localizada Sydney, a maior cidade da Austrália, com 5,2 milhões de habitantes. O local está asfixiado pela fumaça dos incêndios que ardem ao norte, ao sul e a oeste. Este ano, chegou a ser considerado cancelar a tradicional queima de fogos que ocorre todos os anos no Réveillon da cidade por causa dos incêndios.
Nas últimas semanas, médicos vêm advertindo para um estado de “emergência em saúde pública” em consequência da fumaça tóxica em Sydney. “Todos os habitantes de Nova Gales do Sul enfrentam emanações prolongadas de fumaça e, como nunca vivenciamos isto antes, não sabemos o que vai acontecer”, declarou à AFP Kim Loo, membro da ONG Médicos pelo Meio Ambiente.
“As pessoas de mais idade, as crianças e aquelas que trabalham ao ar livre correm um risco especial”, completou, antes de destacar que os serviços médicos não estão preparados para esta situação.
Os hospitais estão lotados de pacientes que reclamam de problemas respiratórios ou cansaço, consequência das temperaturas elevadas.
Centenas de pessoas foram forçadas a deixar suas casas – algumas delas pela segunda vez em uma mesma semana. Muitas casas foram queimadas. A fauna do país também tem sido severamente atingida.
Os incêndios florestais australianos também aumentam a preocupação com o aquecimento global.
Nova tecnologia de reciclagem faz PET voltar a ser plástico virgem
Um projeto multi-institucional financiado pela União Europeia está testando uma nova tecnologia para fornecer uma alternativa sustentável, limpa, segura e lucrativa para o tratamento de resíduos de plásticos PET e poliéster.
PET (polietileno tereftalato) refere-se a um polímero termoplástico de uso geral que é amplamente utilizado nas indústrias de embalagens e vestuário. O projeto é o DEMETO, sigla em inglês para despolimerização modular, escalável e de alto desempenho com tecnologia de micro-ondas.
Diferentemente do método amplamente utilizado de reciclagem mecânica do PET, que envolve a separação do polímero de seus contaminantes e o reprocessamento em grânulos por meios mecânicos, a nova tecnologia se concentra no tratamento químico do PET.
A tecnologia de radiação de micro-ondas e o processo químico associado fazem uma verdadeira “desmontagem” do polímero, permitindo coletar seus componentes constituintes para reutilização como material de qualidade virgem na produção de novos artigos plásticos – plástico virgem, ou prime, refere-se ao plástico nunca usado ou processado antes.
“Combinando a nova tecnologia de micro-ondas com uma conhecida reação química, criamos um processo único que nos permite reciclar o PET de uma maneira economicamente eficiente e usar o método de reciclagem industrialmente,” disse o professor Ioannis Skiadas, da Universidade Técnica da Dinamarca.
Economia circular do plástico
O novo método de reciclagem utiliza uma hidrólise alcalina como reação de despolimerização, funcionando dentro de um reator especial, que pode ser fabricado em grandes dimensões, ou na forma de uma série de pequenos reatores funcionando paralelamente.
Essa tecnologia de reciclagem visa proporcionar uma vida indefinida ao PET, permitindo que ele volte aos seus elementos de composição (etileno glicol e ácido tereftálico) sem degradar os materiais e, consequentemente, abrindo caminho para uma economia circular para produtos plásticos em escala industrial.
“A adoção das radiações de micro-ondas como catalisador energético permite que [a tecnologia] reduza o tempo de reação e a complexidade das etapas de purificação do PTA [ácido tereftálico purificado], ao mesmo tempo aumentando a produtividade através de um processo contínuo, em vez dos lotes típicos do estado-da-arte industrial,” disse Skiadas.
O projeto está programado para terminar esse ano, mas os parceiros já falam em utilizara tecnologia para diferentes formas de plástico, incluindo fibras como nylon ou poliéster, com as usadas em tapetes e tecidos.