OPAS e Airbnb firmam parceria para fornecer informações sobre segurança dos alimentos
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a plataforma de hospedagem Airbnb firmaram um acordo para colaborar no fornecimento de informações sobre segurança dos alimentos ao público, usando materiais didáticos para promover a prevenção de doenças transmitidas por alimentos e a redução de riscos.
O Airbnb disse que “está em parceria com a OPAS para fornecer à nossa comunidade recursos de inocuidade dos alimentos, como diretrizes de segurança dos alimentos, treinamento e conselhos gerais sobre segurança dos alimentos”.
Em um acordo recentemente assinado, a OPAS comprometeu-se a fornecer ao Airbnb suas cinco chaves para manter os alimentos seguros, a fim de que a instituição possa distribuir esses materiais aos anfitriões do Airbnb Experience.
O Airbnb formulou Diretrizes para Manuseio de Alimentos Aptos ao Consumo para Experiências Culinárias, com base no programa das cinco chaves da OPAS para a segurança dos alimentos.
A OPAS disponibilizará aos anfitriões do Airbnb materiais didáticos disponíveis no Campus Virtual de Saúde Pública da OPAS, “projetados para promover uma melhor compreensão dos riscos à segurança dos alimentos e prevenção de doenças transmitidas por alimentos”.
A colaboração incluirá o programa de segurança dos alimentos da OPAS em seu centro PANAFTOSA, no Rio de Janeiro. A colaboração vai durar por um período de três anos.
PNUMA: Turismo sustentável é oportunidade de negócio em Mato Grosso
O turismo é um dos segmentos brasileiros que apresentou alta crescente em 2019, sendo importante fonte de renda e empregos para o país. E o setor caminha cada vez mais rumo à sustentabilidade, seja pela demanda de brasileiros e estrangeiros ou das políticas públicas que sinalizam as diretrizes nos próximos anos.
Como forma de estimular o turismo sustentável no estado do Mato Grosso, que abriga três biomas – Amazônia, Pantanal e Cerrado – com polos de exuberante beleza, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Mato Grosso, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), a Parceria para Ação na Economia Verde (PAGE) e o Governo do Estado do Mato Grosso promoveram, em 14 de março, no auditório do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), o workshop Turismo Sustentável.
Workshop reuniu cerca de 80 empresários e gestores públicos em Cuiabá (MT) e gerou discussões cruciais para o setor, sobretudo, para o desenvolvimento de bases para as diretrizes do turismo sustentável na região.
O evento contou ainda com o lançamento do manual Diretrizes para Normalização e Certificação de Turismo Sustentável e a Cartilha de Diretrizes de Incentivos para Políticas Públicas em Turismo Sustentável no estado de MT.
“Há uma demanda cada vez maior das pessoas por experiências de turismo que contribuam para o desenvolvimento social, econômico e ambiental das comunidades locais. É uma tendência global que também sinaliza uma oportunidade de negócios aliada à conservação da natureza”, afirmou Regina Cavini, Oficial Sênior de Programas do PNUMA.
“Estamos trabalhando com o governo do Mato Grosso para o desenvolvimento de políticas públicas para o setor de turismo sustentável”, complementou.
Os dois lançamentos integram o programa Turismo Sustentável, uma parceria entre o estado do Mato Grosso, PNUMA, PAGE e Sebrae.
Turbinas eólicas flutuantes poderão gerar energia para plataformas petrolíferas no Brasil
Um grupo de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP, em São Paulo, está desenvolvendo um projeto de turbinas flutuantes em alto-mar, como sistema alternativo de produção de energia em regiões de grande profundidade, onde estão localizadas as plataformas de petróleo brasileiras.
A ideia é substituir a geração de energia por meio de combustíveis fósseis por energia limpa para abastecer equipamentos submarinos e complementar a geração elétrica das próprias plataformas de produção, que exigem uma grande quantidade de eletricidade para funcionar.
Cada plataforma de produção em águas profundas é uma usina elétrica com potências próximas de 100 MW, alimentada principalmente por turbinas a gás. No processo de transição para uma matriz energética de baixo carbono, as turbinas flutuantes são vistas como uma das alternativas mais promissoras para fornecimento de energia limpa em larga escala.
O coordenador do projeto, professor Alexandre Simos, do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Poli, explica que os parques eólicos marítimos compostos de turbinas flutuantes são, hoje, uma realidade comercial. “O desafio que este projeto encara é a mudança do cenário onde as usinas serão instaladas, já que a tecnologia disponível está limitada a profundidades de até 250 metros. O local onde é feita a exploração do pré-sal supera os 2 mil metros de lâmina d’água.”
Outro desafio citado pelo coordenador será projetar um sistema otimizado para as condições meteorológicas e oceanográficas próprias das nossas regiões produtoras. É preciso garantir o alto nível de disponibilidade de energia que as operações marítimas exigem e buscar soluções de engenharia para outros aspectos críticos, como a estabilidade do sistema elétrico, segurança marítima da operação e o estudo de possíveis impactos ambientais e formas de mitigá-los.
“Por se tratar de um projeto de vanguarda na área de sistemas oceânicos de produção de energia renovável no mar, ele contribui para gerar conhecimentos e soluções de engenharia que certamente terão impacto positivo no futuro mercado brasileiro de geração de energia eólica no mar”, destaca Simos.
Países continuam produzindo mais combustíveis fósseis, dificultando alcance de metas climáticas
O mundo está caminhando para produzir muito mais carvão, petróleo e gás natural do que seria consistente com a limitação do aquecimento a 1,5 °C ou 2 °C, criando uma “lacuna de produção” que dificulta o alcance das metas climáticas, de acordo com o primeiro relatório que avalia planos e projeções dos países para a produção de combustíveis fósseis.
O Relatório sobre a Lacuna de Produção complementa o Relatório sobre a Lacuna de Emissões do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), que mostra que as promessas dos países ficam aquém da redução de emissões necessária para atender aos limites globais de temperatura.
Os países planejam produzir combustíveis fósseis muito além dos níveis necessários para cumprir suas promessas climáticas sob o Acordo de Paris, que estão longe de ser adequadas. Esse superinvestimento no suprimento de carvão, petróleo e gás dificultará a redução de emissões, ao reforçar a infraestrutura de combustíveis fósseis estabelecida.
“Na última década, a conversa sobre o clima mudou. Entendemos, hoje, o quanto a expansão desenfreada da produção de combustíveis fósseis contribui para o enfraquecimento das ações climáticas”, disse Michael Lazarus, principal autor do relatório e Diretor do Centro dos EUA do Stockholm Environment Institute.
“Este relatório mostra, pela primeira vez, quão grande é a desconexão entre as metas de temperatura de Paris e os planos e políticas dos países para produção de carvão, petróleo e gás. Ele também compartilha soluções, apontando políticas domésticas e cooperação internacional como formas de ajudar a preencher essa lacuna.”
O relatório foi produzido por diversas organizações de pesquisa, incluindo Instituto de Meio Ambiente de Estocolmo (SEI, em inglês), Instituto Internacional do Desenvolvimento Sustentável, Instituto de Desenvolvimento Ultramarino, Centro CICERO de Pesquisa Internacional em Clima e Ambiente, Climate Analytics e PNUMA. Mais de 50 pesquisadores contribuíram para a análise e revisão, abrangendo inúmeras universidades e organizações de pesquisa adicionais.