O médico hematologista e ex-vereador, Enildo Alves, está acusando a Unimed NATAL, dirigida pelo médico Fernando Pinto, de negar, por perseguição politica, a realização de um exame Petiscam para a sua mãe, Maria Conceição Alves, de 92 anos. Alves, que é um dos fundadores da Unimed e também cooperado da entidade médica, em contato com a redação do BLOG DO FM, destacou que a não autorização para a execução do exame é “uma forma de retaliação da Unimed”, já que ele fez campanha contra a chapa que foi eleita para comandar a cooperativa médica.
Referência na hematologia potiguar, Enildo Alves afirma que a necessidade da realização do Petiscam foi diagnosticada por um cirurgião torácico, que vem tratando uma lesão pulmonar de grande porte em sua mãe. “O Petiscam é fundamental para detectar, através de imagem, até que ponto a doença está presente no corpo da paciente. Embora eu pague um plano top de linha, com direito até a UTI no ar e que custa cerca de R$ 2mil/mês, a Unimed se recusa a autorizar o exame, alegando uma diretriz interna. Trata-se de uma senhora que tem uma massa pulmonar e que precisa de um Petiscam para que o cirurgião decida qual o procedimento adequado a ser feito, ver a extensão da doença, entre outros aspectos”, disse.
Enildo Alves enfatizou que a direção da UNIMED NATAL já comunicou que a realização do exame só seria autorizada mediante decisão judicial, e que, através de interlocutores próximos a ambos, pediu para que ele não desse “publicidade” ao caso.
Segundo Alves, a cooperativa médica quer se resguardar em uma decisão judicial para evitar que haja um precedente na concessão do citado exame para outros pacientes. “Vou ter que procurar a Justiça”, disse.
O hematologista lembra que por ocasião da eleição da UNIMED ele se posicionou radicalmente como oposição a chapa encabeçada pelo colega Fernando Pinto e foi contra a presença do médico Fábio Macedo na chapa que foi eleita. O médico Fábio Macedo é o atual diretor técnico da UNIMED, setor que tem ampla ingerência sobre as autorizações de exames, segundo Alves. “Vejo tudo isso como uma retaliação, como uma perseguição política, por eu não ter votado na chapa que foi eleita”, ressalta.