Potiguares estão participando de testes com dois medicamentos que poderão ser usados no tratamento de casos da Covid-19, caso a eficácia seja comprovada.
Um dos estudos é com a droga proxalutamida, remédio usado no combate ao câncer de próstata. Oito pessoas já participam do estudo no estado e outras 12 ainda vão entrar, segundo o coordenador da pesquisa local, o infectologista Kléber Luz.
A outra pesquisa é com um antiviral produzido pela farmacêutica Pfizer. Em ambos os casos é necessário estar com a doença para participar.
Até o momento, não há nenhum medicamento com eficácia comprovada no combate à Covid-19.
Os dois estudos estão em fases iniciais e fazem parte de pesquisas globais. Na capital potiguar, elas são conduzidas pelo Centro de Pesquisa Clínicas de Natal (Cepclin) e para se voluntariar é necessário se inscrever pelo site (clique AQUI) ou através do telefone (84) 99913-0864.
Em fases anteriores da pesquisa, os dois medicamentos tiveram resultados consideráveis nos testes in vitro, que são feitos em laboratórios.
Proxalutamida
O ensaio clínico com proxalutamida acontece apenas com homens acima de 18 anos, porque o medicamento age em um receptor típico dos homens. Ele acontece na Ásia, na América do Sul e na África.
Ao todo, cerca de 760 pessoas devem participar do estudo no mundo, sendo 20 delas em Natal. Os testes são feitos para casos leves e moderados.
“O mecanismo de ação da droga é agir sobre um receptor do vírus, que é onde o vírus se liga. E esse receptor é típico dos homens. É um antiandrogênico que diminui a a possibilidade da expressão dessa fechadura que o vírus entra, se liga e se multiplica”, explicou o infectologista Kléber Luz.
G1RN