O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta quinta-feira, 3, o desbloqueio de 679 bolsas de pós-graduação, cuja renovação havia sido congelada por falta de recursos. Segundo o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Ribeiro Correia, as bolsas serão disponibilizadas às instituições de ensino superior nos próximos dias.
Ao todo, serão liberadas 271 bolsas de mestrado, com valor de R$ 1,5 mil mensais; 304 bolsas de doutorado, de R$ 2,2 mil mensais; e 104 de pós-doutorado, de R$ 4,1 mil por mês. Todas as bolsas serão ofertadas em cursos nota 4, com tendência de melhora. Os cursos são avaliados pela Capes em uma escala que vai até 7, sendo os cursos 7 os melhores avaliados. Para funcionar, os cursos devem ter, no mínimo, nota 3.
A medida, segundo o MEC, foi possível graças ao descontingenciamento de R$ 270 milhões, do montante de R$ 1,99 bilhão do Orçamento liberados para a pasta e por economias da própria Capes.
Segundo o MEC, o mérito e o impacto científico são fatores para a liberação das bolsas. “O meu objetivo não é dar bolsa, é chegar à cura da dengue, é selecionar os melhores professores para conseguir ensinar às nossas crianças a ler e a escrever melhor”, disse o ministro da Educação, Abraham Weintraub. “[Quem recebe bolsa] tem que saber que a gente paga imposto e vira bolsa e isso tem que voltar para a sociedade de alguma forma”.
Segunda liberação
Essa é a segunda liberação das renovações das bolsas de estudos pelo MEC. Em setembro, a pasta anunciou o bloqueio de 5.613 bolsas de pós-graduação, cujos pesquisadores concluíram as pesquisas e que não seriam ofertadas este ano para novos estudantes.
Ainda em setembro, o MEC anunciou que seria possível retomar a maior parte dessas bolsas, e que seriam ofertadas a novos pesquisadores. Ao todo, foram desbloqueadas 3,1 mil bolsas, todas de programas de pós-graduação com notas 5, 6 e 7.
A pasta fez uma nova liberação, disponibilizando recursos para a oferta de 679 para cursos nota 4. Essas bolsas equivalem, segundo a Capes, a 40% do que é ofertado para os cursos com esse desempenho.
Além dos bloqueios, a Capes anunciou, no primeiro semestre, cortes em bolsas de cursos nota 3, que não deverão ser retomadas. De acordo com o presidente da Capes, as bolsas vigentes não serão afetadas e os estudantes bolsistas continuam recebendo os recursos normalmente.
Agência Brasil