Presos desde o último dia 23 de fevereiro, o marqueteiro do PT e a sua esposa, Mônica Moura, foram convocados para prestar o segundo depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira( 10), porém, o casal ficou calado diante da PF.
Os investigadores da Lava-Jato queriam saber sobre repasses feitos ao casal que foram encontrados em planilhas apreendidas pela PF dentro das investigações sobre esquema criminoso na Petrobras.O publicitário baiano João Santana foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2006.
Ao serem ouvidos pela primeira vez pelos investigadores, João Santana e Mônica Moura disseram que os pagamentos feitos no exterior, para uma conta não declarada que o casal admitiu possuir (Shelbill), eram referentes apenas a campanhas feitas no exterior.
Dentre esses pagamentos, estavam US$ 4,5 milhões de Zwi Skornicki, apontado como operador de propina no esquema da Petrobras, e US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht.
Além dos pagamentos no exterior, planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht apontam que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome “Feira”, entre outubro de 2014 e maio de 2015 – quando a Operação Lava Jato já havia sido deflagrada e em período que coincidiu com as eleições presidenciais de 2014.
Para a PF, ficou evidente que “Feira” é um codinome usado para se referir ao casal, mais especificamente Mônica Moura, que controlava as finanças das empresas.
O prazo para conclusão do inquérito que vai decidir se indiciará ou não o casal , venceria na última terça-feira (08), mas o juiz Sérgio Moro autorizou uma prorrogação de 15 dias para que a PF conclua o relatório das apurações.