Amanda Zanotti (PT), suplente de vereadora da Câmara Municipal de São Paulo, é acusada de dar calote em mais de 100 cabos eleitorais que trabalharam em sua campanha. A dívida acumulada, segundo os colaboradores informaram ao Metrópoles, chega a aproximadamente R$ 170 mil.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Amanda (foto em destaque) recebeu R$ 450 mil para investir na campanha. Desse total, 99,39% foram doados pela direção nacional do PT.
Ainda conforme o TSE, a campanha da suplente teve R$ 287,4 mil em despesas. A diferença — neste caso, de R$ 162,6 mil — costuma ser devolvida ao partido. A transferência, no entanto, ainda não consta no sistema do tribunal.
Segundo relatos de colaboradores que levaram calote ao Metrópoles, familiares e amigos do coordenador geral da campanha da petista, Ademir Mota da Silva, e do coordenador financeiro, Higor Geraldo Maranhao de Mattos, receberam transferências em dinheiro, mas não trabalharam na campanha.
No portal de dados do TSE, é possível ver uma transferência no valor de R$ 8 mil para Ademir e outra no valor de R$ 6 mil para Higor. Os cabos eleitorais que não foram pagos identificaram pelo menos 11 pessoas do círculo pessoal da dupla que estão na folha de pagamento da campanha, mas que não teriam trabalhado.
Amanda chegou a dizer a alguns dos colaboradores que levou um golpe de Ademir. A suplente, no entanto, nunca apresentou nenhuma prova ou sinal de desavença entre os dois.
A petista, na verdade, estaria ajudando Ademir com a venda de um imóvel na praia de Ilha Comprida, litoral de São Paulo. A negociação seria feita para pagar os valores devidos, segundo prints de conversas entre Ademir e Amanda e áudios enviados pela suplente a uma prestadora de serviços – que também não foi paga.
Metrópoles