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Maranhão diz que deixa presidência da Câmara ‘sem mágoa ou rancores’

ANTES DE INICIAR A SESSÃO, O DEPUTADO TROCOU DUAS VEZES O HORÁRIO DA VOTAÇAO.

ANTES DE INICIAR A SESSÃO, O DEPUTADO TROCOU DUAS VEZES O HORÁRIO DA VOTAÇAO.

Ao iniciar a ordem do dia para eleição do novo presidente da Câmara, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), afirmou nesta quarta-feira (13) que deixa o posto sem “mágoa ou rancor” e com a “consciência limpa”.

O deputado do PP enfrentou forte oposição dos colegas durante o período em que permaneceu à frente da Casa por ter tentado anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff e por ter tomado decisões favoráveis ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é alvo de processo de cassação.

Durante os dois meses em que presidiu a Câmara, Maranhão presidiu poucas sessões, viajou para o exterior, e raramente falou com a imprensa. “Deixarei essa presidência sem mágoa ou rancores. Com consciência limpa e tranquila. Continuarei o exercício da vice-presidência prestando lealdade ao meu estado e nosso país”, discursou, no plenário.

Antes de iniciar a sessão para eleger o novo presidente da Casa, Maranhão adiou por duas vezes o horário da votação.

A sessão estava inicialmente marcada para começar às 16h, mas o ele decidiu repassar para 19h, para permitir que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) prosseguisse com a reunião destinada a debater recurso do presidente afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e para que os partidos pudessem ter mais tempo para negociar apoios aos candidatos à presidência da Câmara.

No entanto, a decisão de passar a sessão para 19h gerou protestos em plenário e alguns líderes se dirigiram ao gabinete de Maranhão para exigir que reconsiderasse. Diante da possibilidade de uma “rebelião”,  Maranhão voltou atrás e antecipou a eleição para 17h30.

Ao abrir a ordem do dia, quando foi alcançado quórum de 257 deputados, Maranhão afirmou que chegou à presidência da Câmara há dois meses “de forma inesperada e não desejada”.

“Estávamos vivendo um momento difícil para o pais, a minha postura foi exercer a interinidade com honestidade e honradez. Procurei em todos os atos que pratiquei seguir estritamente o regimento da casa, mesmo aqueles que se referem ao processo de cassação parlamentares”, afirmou.

No discurso, Maranhão destacou sua origem humilde e disse que vai esperar para que a história o “julgue”.

“Sou e venho do Maranhão, um estado que pesa pouco na balança nacional. Poucos sabem quanto custou a um maranhense ser presidente do Brasil. A história não se faz de momentos. Saberei esperar o julgamento frio dos dias que virão”, afirmou.

“Desde o início tive a consciência de que o importante é o Brasil sair dessa crise, onde há milhões de desempregados e um futuro incerto. Temos a obrigação de ajudar a mudar essa realidade”, completou.

Ao encerrar o discurso, Maranhão agradeceu e se desculpou, sem dar detalhes. “O Brasil é maior do que todos nós, e o seu destino será glorioso se cada um fizer a sua parte. Muito obrigada e desculpe”, afirmou.

G1 Brasília

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