Uma extensa mancha amarronzada foi vista por populares em um trecho da praia de Ponta Negra nessa quinta-feira (26) e despertou a atenção para um possível problema ambiental. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) foi acionado e está investigando a ocorrência.
No entanto, em entrevista à TV Tropical, o novo diretor-geral do órgão, Werner Farkatt, explicou a possível causa da mancha marrom no trecho de Ponta Negra. Técnicos estiveram no local no fim da tarde dessa quinta-feira e observaram a situação de perto.
“A princípio, é um sedimento, uma areia mais argilosa que está sendo aplicada junto à obra de enrocamento, em paralelo aos blocos de concreto, para preencher. Então, esses sedimentos estavam armazenados e o movimento das marés ultrapassou a zona de contenção que a prefeitura utiliza para armazenar o material, quando o mar recuou, levou esses sedimentos”, considerou.
Farkatt prosseguiu com a explanação. “Quando traz esse material, cria aquela mancha que, tecnicamente, chama-se de pluma de sedimentos em suspensão. Com o passar do tempo, isso deve ser dissipado e voltar ao normal”, acrescentou.
De acordo com o diretor-geral do órgão, esse risco deveria ser previsto dentro das medidas mitigadoras da obra. “Hoje, mandamos a equipe com a fiscalização e outros atores para ser feita uma análise. Vai ser produzido um novo ato administrativa, uma notificação ou alguma punição maior, como um auto de infração, em decorrência do que for analisado pela equipe”, pontuou.
Inicialmente, os danos são apenas estéticos, com alteração da cor da água do mar, caracterizado por ser em um tom azul esverdeado. “É mais uma questão de mudança de coloração. Visualmente, descaracteriza o ambiente, a paisagem de Ponta Negra. Então, é muito mais o impacto visual do que algum contaminante”, destacou.
No entanto, apesar da colocação, Farkatt disse que tudo será analisado. “A princípio, não foi identificado nenhum material poluente, como óleo, graxa. Nós iremos aprofundar para ver se teria algum outro problema. Nesse primeiro momento, não foi identificado nada nesse aspecto”, frisou.
Ele ainda citou que é a cena é comum em rios. “Se você for na foz de algum rio, o próprio rio Potengi, você vai observar que também acontecesse essa mancha”, encerrou.
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