Ana Carolina Oliveira, de 32 anos, mãe da menina Isabella Nardoni, assassinada aos 5 anos em São Paulo, está grávida de um menino. Em entrevista à revista “Veja SP” ela contou que recorreu à fé e à terapia para superar a tragédia ocorrida em 2008, e que nunca imaginou que teria outros filhos. “No auge dos problemas, eu achava que jamais iria me casar vestida de noiva e ter filho. A vida dá muitas voltas”, contou Ana Carolina para a publicação.
Na época do assassinato, ela estava namorando, mas o relacionamento acabou meses depois. A administradora ficou solteira por 2 anos e, segundo contou à “Veja”, conheceu o marido Vinicius Francomano, de 29 anos, num bar. “Tem gente que fala que fui corajoso”, contou o jovem que ficou assustado com o assedio nas ruas.
Ainda segundo a entrevista, a gestação foi programada, e desejada pelo casal que se conheceu em 2010 e se casou em abril de 2014, na Catedral Anglicana. “Não tinha esperança em relação a isso (ter filhos), mas tudo mudou. Estou vivendo o meu primeiro casamento. Com o outro (Alexandre Nardoni), eu nem sequer morei junto. Fiquei grávida de Isabella aos 17 anos, hoje tenho 32”, avalia.
Passados oito anos do crime, Ana Carolina lembrou que viveu momentos muito difíceis, e contou com o apoio de toda a população que acompanhou o desenrolar do crime até que ficasse provado que o pai e a madrasta jogaram a filha da janela. “Lutei para voltar a ser feliz, pois essa é a imagem que a minha filha tinha de mim”, disse.
Se estivesse viva, a menina teria completado 14 anos na semana passada. “A Isa sempre me viu feliz — e é assim que estou hoje. Tenho certeza: Isabella estaria feliz”, desabafou a mãe que batizará o filho de Miguel. Quando questionada se perdoaria o pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, a administradora foi sintética: “Isso não é comigo, é com Deus”.
Segundo as investigações, a menina Isabella foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e, depois, jogada pela janela do apartamento onde a família vivia, na Zona Norte de São Paulo. Dois anos depois, Anna Jatobá foi condenada a 26 anos de cadeia e Alexandre, a 31 anos de prisão. Os dois estão em presídios de Tremembé, no interior de São Paulo.