A Arena das Dunas foi cenário para a comemoração de 21 anos do maior e mais tradicional festival de música do RN, o Festival MADA (Música Alimento da Alma). Em torno de 15 mil pessoas passaram pelo festival nos dois dias de programação.
Os dois palcos do MADA apresentaram ao público sonoridades diversas com destaques para o hip hop contemporâneo e a chamada nova MPB, 27 atrações compuseram o line-up em cerca de 20 horas de programação ininterruptas. Além do público potiguar, turistas vindos do Ceará, Pernambuco e Paraíba marcaram presença. E um show pirotécnico deu o tom mais festivo na última noite.
Dentre os artistas que passaram pelo festival estão nomes como Baco Exu do Blues, Luedji Luna, MC Tha, Luiza Lian, Djonga, Flora Matos, Teto Preto, Baiana System, Natiruts, BEX e Ouen, do músico Rodrigo Monteiro. A edição também contou com diversas ativações culturais realizadas em parceria com os patrocinadores.
Considerada a noite mais indie do festival, a sexta-feira surpreendeu com diversidade de gêneros musicais e um grande público ávido pelas novidades, ocupando logo cedo todo o espaço disponível no gramado da Arena. Um dos shows mais aguardados foi sem dúvida o do rapper e cantor Baco Exu do Blues.
O baiano realizou sua segunda apresentação no MADA, desta vez trazendo o repertório do elogiadíssimo disco “Bluesman”. Ao subir no palco falou da importância do festival para sua carreira. “Há dois anos eu estive nesse mesmo lugar e o MADA foi meu primeiro festival de música. Então, aqui nós tamos em casa!”. Com uma legião de fãs em Natal, o artista inflamou a plateia em um dos shows mais participativos e empolgantes do evento. A plateia deu um show à parte cantando todo o repertório em coro.
Outro destaque da primeira noite foi a paulista Luiza Lian, com uma apresentação elegante e minimalista. Nomes da música autoral de vanguarda como Potyguara Bardo, Teto Preto e MC Tha também passaram pelos palcos do MADA na sexta-feira e mostraram que o festival está antenado nas tendências. A sensação potiguar, Júnior “Bass” Groovador, que conquistou o ator e músico Jack Black e tocou com a banda Tenacious D no Palco Mundo no Rock in Rio 2019, levou toda sua irreverência e seu gingado ao lado de uma banda completa para deleite dos fãs, trazendo convidados como a cantora Samara Alves.
Headliner da noite, a Baiana System marcou presença pela terceira vez no festival, fazendo o público dançar e pular ao som das canções do terceiro álbum ‘O Futuro Não Demora’ e as já consagradas ”Lucro”, ”Playsom” e ”Terapia” dos álbuns anteriores. Considerada uma das maiores bandas brasileiras da atualidade, a Baiana provou por que ainda é uma aposta importante para o festival potiguar. Entregou ao público um show esteticamente e musicalmente perfeito.
No Sábado, de Pernambuco para Natal o Bule trouxe um sopro de wave e synth anos 80. Já a natalense BEX, mostra que é mais que uma promessa da música moderna potiguar.
Com influências do jazz e MPB, além de ritmos baianos, a baiana Luedji Luna aterrissou pela primeira vez em Natal na noite de sábado (19) levando ao MADA canções como “Banho de Folhas” e “Um Corpo No Mundo”, fazendo o público ficar em estado de contemplação com a sutileza de sua voz e sua movimentação encantadora, elegante nos vocais, na presença de palco e nos arranjos. Como esperado, Plutão Já Foi Planeta atraiu fãs de várias idades com seu show cheio de hits.
A Natiruts mostrou na noite de sábado por que é uma das bandas mais queridas e longevas do pop brasileiro. Seu reggae fez o público dançar e vibrar ao som de canções como ‘Sorri, sou rei’ e “Quero ser feliz também”, além do novo trabalho no qual dialoga com outros gêneros como R&B em “I Love” e “Verde do mar de Angola”. No show, até bossa nova fez o público entoar.
Também no sábado, o potente rapper escritor e compositor mineiro, Djonga, mostrou porquê é um dos nomes mais influentes do trap atual Com suas fortes críticas sociais, o rapper fez uma das apresentações mais eletrizantes do festival e chegou a andar entre o público enquanto cantava a canção “Olhos de Tigre”.
A edição de 2019 contou também com after oficial com muita música eletrônica comandada pelo Clube Underground do House e Tisck, fazendo um resgate à antiga tenda eletrônica que colocava os clubbers pra dançar.