O surfe brasileiro perdeu um de seus maiores nomes neste domingo (8/12). Taiu Bueno, pioneiro nas ondas gigantes e referência mundial na década de 1980, faleceu aos 62 anos. Reconhecido como um dos principais big riders de sua geração, Taiu também foi uma voz ativa em prol da acessibilidade no esporte após se tornar tetraplégico. A causa da morte não foi divulgada.
O velório de Taiu será realizado nesta segunda-feira (9/12), no Cemitério Gethsemani, em São Paulo, às 5h, com o sepultamento programado para as 11h. Ele deixa a esposa e duas filhas gêmeas de seis anos, além de um legado inesquecível no surfe e na luta por inclusão.
Taiu escreveu seu nome na história do surfe com atuações memoráveis no Havaí, onde enfrentou algumas das maiores ondas do planeta. Entre seus feitos, destaca-se o sétimo lugar no Pro Class Trials, em 1983, além do título de campeão brasileiro profissional, conquistado em 1984, em Ubatuba. Seu talento e coragem nas ondas gigantes o transformaram em um ídolo nacional e internacional.
Acidente mudou a história
A trajetória de Taiu sofreu uma reviravolta em 1991, quando ele sofreu um acidente grave na Praia de Paúba, litoral norte de São Paulo. O incidente resultou em uma lesão na medula espinhal, deixando-o tetraplégico. Apesar do impacto, ele encontrou forças para se reinventar, tornando-se um exemplo de superação e resiliência.
Mesmo fora do mar, Taiu permaneceu conectado ao surfe, atuando como locutor e comentarista em eventos esportivos. Em 2010, fundou a ONG Sociedade Mais Forte, dedicada a incentivar cadeirantes a surfar e aproveitar a praia. Além disso, ele levava sua mensagem de motivação a empresas e universidades, inspirando muitas pessoas com sua história de vida.
Metrópoles
