Os Jogos Olímpicos já batem na porta pedindo passagem. No dia 5 de agosto, o Brasil receberá pela primeira vez na história o principal evento esportivo mundo, que acontece no Rio de Janeiro.
Para a cabeça de um atleta de alto rendimento, a Olimpíada é o mais alto dos patamares de um sonho.
Do RN, muitos nomes já tiveram a honra de defender o Brasil em Olimpíadas. Outros foram ainda mais longe e chegaram até a subir no pódio e trazer uma medalha pra terras potiguares, como a ex-jogadora de vôlei Virna, bronze em Atlanta (1996) e Sidney (2000).
Mas a certeza de que para eles, essa história não foi nenhum pouco fácil. Neste ano, por enquanto, o Rio Grande do Norte tem um nome com índice olímpico: o nadador Marcos Macedo, nos 100m borboleta. Enquanto uns ainda brigam pela vaga, outros ficaram pelo caminho de uma batalha que apenas começou.
Jonatas Augusto tirou do próprio bolso cerca de R$ 10 mil para se preparar em treinamentos e competições nos cinco meses que antecederam os Jogos. A vaga não veio, mas muito pior do que não realizar o sonho de disputá-los, é o cenário que se mostra imutável, mesmo em um país às vésperas do principal evento esportivo do mundo.
“Como eu me senti? Triste, por não conseguir lutar uma Olimpíada no meu país, mas ainda mais triste quando acabou meu dinheiro e eu tive que voltar para Natal. Aqui eu não tenho técnico, eu treino sozinho. E eu não tenho patrocínio aqui”, lamenta Jonatas, que brigava por uma vaga na categoria até 86 quilos no estilo livre, na Luta Olímpica.