“A democracia pressupõe que um dirigente máximo da nação tenha respeito toda vez que ele falar com a nação, e quando o Bolsonaro fala à nação, ele não está falando para seu público, para os seus milicianos”. Com essas palavras, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva resumiu seu pensamento a respeito do governo de Jair Bolsonaro.
Em entrevista à coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL, Lula abordou diversos temas. Por exemplo, falou sobre as declarações dos ministros Paulo Guedes e Augusto Heleno: “se você pega o discurso do general Augusto Heleno, propondo uma desobediência ao Congresso Nacional, o Congresso tem obrigação de chamar para se explicar se ele estava propondo ao Bolsonaro um golpe para fechar o Congresso Nacional”.
Sobre Paulo Guedes, Lula disse que “quando ele fala das empregadas que vão para Miami, essa gente não está qualificada para presidir uma nação”, afirmou.
O ex-presidente também falou sobre a greve dos policiais no Ceará, e o ataque ao senador Cid Gomes. “Vamos supor que Cid tenha se exaltado ao subir sobre o trator. Mas é inadmissível que um cidadão que não estava em serviço e estava de greve estivesse armado. Eu já acho que policial não deveria fazer greve. Mas, se faça, deixe a arma em casa”, comentou.
O outro assunto lembrado por Lula foi o assassinato do miliciano Adriano da Nóbrega, e sua relação com a família Bolsonaro. “Ele tem ligação direta com família Bolsonaro. Sinceramente espero que não tenham sumido os telefones dele. Que possa se apurar a verdade”, disse.
“É importante desvendar o que ocorreu com ele. A sociedade precisa sair da loucura das mentiras, das verdades e das fake news. Adriano foi, quem, sabe, uma queima de arquivo por parte de gente que tinha medo do que ele falasse o que ele sabia. Acontece que a mentira tem pena curta. Um dia ela vai aparecer”, concluiu o ex-presidente.
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