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Lula: “Eleição é daqui 18 meses e já tem gente prometendo indulto”

FOTO: EFE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou indiretamente o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e demais chefes de Executivo estaduais de direita que prometem conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – condenado pelo Supremo Tribunal Federal – caso sejam eleitos para a Presidência da República em 2026. A declaração foi feita em entrevista à BBC.

– Nós vamos ter eleições daqui a 18 meses e já tem gente dizendo que, se for eleito, vai liberar, vai dar indulto – disse Lula.

Tarcísio já afirmou que seu primeiro ato como presidente seria indultar Bolsonaro.

– Não há por que essa pressa toda. Vamos ver qual é o comportamento do Congresso Nacional – ressaltou.

Sobre a possibilidade de vetar uma eventual anistia que reduza as penas de presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, o presidente respondeu que essa é uma questão do Poder Judiciário. Ele salientou que muitas pessoas ainda nem sequer foram presas, que existem recursos em andamento e que é preciso aguardar o processo.

Questionado sobre a articulação em curso no Congresso em favor da anistia, Lula declarou que o presidente da República não deve se meter em assuntos do Legislativo. Ressaltou que, caso os partidos decidam aprovar a medida, será uma responsabilidade exclusiva do Congresso.

– É um problema deles – disse.

Ao ser perguntado se teme enfrentar Bolsonaro nas urnas em 2026, Lula afirmou que não tem problema em disputar contra qualquer adversário. Lembrou que já derrotou o ex-presidente quando este estava no cargo e usava, segundo Lula, toda a máquina pública para tentar evitar sua vitória.

Lula citou, inclusive, o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para restringir o acesso de eleitores às urnas.

– Ele utilizou o equivalente a 60 bilhões de dólares do orçamento brasileiro para tentar evitar que eu ganhasse as eleições e eu ganhei – disse o petista.

Lula também rebateu a narrativa de que Bolsonaro é alvo de perseguição política pelo STF. Ele disse que o Brasil tem plena democracia e mencionou artigos recentes publicados nos Estados Unidos que apontam o País como exemplo democrático no cenário internacional.

Segundo ele, se o presidente Donald Trump tivesse feito no Brasil o que promoveu no Capitólio, também “teria sido julgado’, porque a Justiça brasileira é aplicada a todos.

Pleno News

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