O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista à emissora francesa TF1, nesta sexta-feira (1°), que deseja ver Kamala Harris vencer as eleições nos Estados Unidos.
“Acho que a Kamala ganhando as eleições é muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia dos EUA. É muito mais seguro. Vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, ou seja, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que é impensável acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como modelo de democracia, e esse modelo ruiu”, comentou.
“Como eu sou amante da democracia, acho que a democracia é a coisa mais sagrada que nós humanos conseguimos construir para transformar a nossa democracia, obviamente fico torcendo para a Kamala ganhar as eleições”, disse o chefe de Estado em entrevista ao âncora Darius Rochebin.
Lula também falou sobre sua amizade com Jean-Luc Mélenchon, um dos principais nomes da esquerda francesa e fundador do França Insubmissa, partido visto por alguns como de esquerda radical.
O presidente brasileiro disse que ligou para Mélenchon para recomendar que ele apoiasse o presidente francês, Emmanuel Macron, de centro, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, para bloquear o partido de ultradireita Reunião Nacional, de Marine Le Pen.
“Gosto muito de Mélenchon e temos muitas afinidades políticas. Quando Macron foi para o segundo turno, até falei com Mélenchon, dizendo a ele que tínhamos que apoiar Macron para não ter a extrema direita de volta na França. Espero que o setor mais progressista não permita um recuo ideológico na França”, afirmou Lula à TF1, o principal canal da televisão aberta na França.
Questionado sobre a próximo Cúpula do G20, que será realizada no Brasil, e seu papel no encontro, o presidente afirmou: “Quero viver 120 anos. Tenho 79. Tenho tempo. Quero deixar um legado, de provar que a pobreza pode ser eliminada do mundo.
O chefe de Estado brasileiro acrescentou que o G20 pode viabilizar a criação de um imposto global sobre os bilionários.
Lula afirmou ainda que o Brasil tem uma ligação muito forte com França. “Temos um vínculo muito forte com a França e continuarei a fortalecer essa relação com a França e com o presidente Emmanuel Macron”, disse.
“A única coisa que não gosto é quando a França impede o Brasil de estar na final do futebol”, brincou.
Agora RN