O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não pretende influenciar o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na montagem da própria equipe na pasta. Segundo o petista, somente após a “escalação do time” ser fechada, os dois poderão discutir eventuais restrições ou indicações.
“Eu tenho por hábito cultural não indicar ninguém em nenhum ministério. Quero que as pessoas montem o time com que vão jogar”, declarou o petista em anúncio da escolha de Lewandowski para a pasta à imprensa, nesta quinta-feira (11/1).
E seguiu: “Eu digo para pessoa: ‘Monta o seu governo. Quando você estiver com o governo montado, você me procure que eu vou ver se tenho coisas contrárias a alguém ou alguma indicação a fazer’”.
A fala do presidente faz referência a impasse sobre o cargo de secretário-executivo no Ministério da Justiça. Na gestão Dino, quem ocupa o posto é Ricardo Cappelli, mas Lewandowski pretende indicar um nome de sua confiança para a função.
O chefe do Planalto também fez uma analogia a um time de futebol: “Eu, se fosse técnico de futebol, não permitiria que o presidente do meu time, por mais importante que ele fosse, fosse escalar meu time. O meu time é eu que escalo. Se eu perder, me tirem. Se eu ganhar, eu continuo”.
Metrópoles