Durante a participação da 15ª Cúpula dos Brics, nesta terça-feira (22/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar em “neocolonialismo verde”, que, segundo o petista, impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias.
“No plano multilateral, o Brics se notabilizou por ser uma força que trabalha em prol de um comércio global mais justo, previsível, equitativo. Não podemos aceitar um neocolonialismo verde, que impõe barreiras comerciais e medidas discriminatórias, sob o pretexto de proteger o meio ambiente”, alertou o mandatário durante o discurso.
Não é a primeira vez que o presidente fala sobre o tema. Durante a Cúpula da Amazônia, que ocorreu no começo do mês, em Belém, o presidente também teceu críticas ao conceito.
“O que precisamos para dar um salto de qualidade é de financiamento de longo prazo e sem condicionalidades para projetos de infraestrutura e industrialização verdes”, acrescentou.
Convocação ao PAC
Durante o discurso no Fórum Empresarial dos Brics, Lula também ressaltou a retomada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e alegou que o “investimento terá muitas oportunidades que podem interessar os investidores dos países do Brics”. A iniciativa foi relançada, na semana passada, no estado do Rio de Janeiro.
Segundo o governo federal, o PAC pretende injetar nos estados brasileiros mais de R$ 1,3 trilhão, até 2026, e mais de R$ 300 bilhões após 2026, totalizando cerca de R$ 1,7 trilhão.
“Apresentei há duas semanas o novo PAC — Programa de Aceleração do Crescimento. O plano prevê a retomada de empreendimentos paralisados, aceleração dos que estão em andamento e seleção de novos projetos. Trata-se de um programa amplo, com muitas oportunidades que podem interessar aos investidores dos países do Brics”, detalhou Lula.
Metrópoles