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Lula chega a Brasília para negociar Orçamento e dialogar com chefes de Poderes

PRESIDENTE ELEITO, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA FARÁ VISITAS DE CORTERIA, COM “ACENOS INSTITUCIONAIS” AO LEGISLATIVO E AO JUDICIÁRIO. FOTO: FÁBIO VIEIRA

A transição de governo começou, oficialmente, nessa segunda-feira (7/11), com o dia dedicado a reuniões técnicas e jurídicas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. Nesta terça (8/11), é a vez de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva desembarcarem na capital federal para darem início ao trabalho duro da transição da gestão Bolsonaro para a petista.

O presidente eleito pretende se reunir com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber; e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. Segundo apurou o Metrópoles, a ideia é fazer uma espécie de visitas de cortesia, com “acenos institucionais” ao Legislativo e ao Judiciário.

A expectativa é que Lula vá ao CCBB, sede do governo de transição, ainda esta semana. O cronograma inicial previa a visita do presidente eleito às instalações do prédio nesta terça, mas como o desembarque só ocorrerá à noite, a presença no CCBB pode ficar para quarta-feira (9/11), junto à agenda com chefes de Poderes.

Nesta terça, o vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, Geraldo Alckmin (PSB), já deve comandar reuniões com lideranças de partidos, porém, com foco no acesso a dados do atual governo. A ideia, segundo interlocutores, é deixar o anúncio de nomes que integrarão o primeiro escalão para as próximas semanas, uma vez que Lula ainda articula a ampliação de sua base no Congresso.

Aliança com o Congresso

Nos encontros com Lira e Pacheco, Lula espera preparar o terreno para aprovar, ainda este ano, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que garante a manutenção do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo.

A proposta foi batizada de PEC da Transição e tem sido preferida por aliados próximos a Lula ante à edição de uma medida provisória, esta no início do mandato do petista, no ano que vem, que abriria um crédito extraordinário para realizar os pagamentos. A PEC, porém, defendem colaboradores do texto, traz mais segurança jurídica e evita eventuais questionamentos junto ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O encontro com Lira também passa pelas vias do Centrão, de quem Lula aos poucos tenta se aproximar para formar uma base sólida no Congresso Nacional. Arthur Lira, do PP, é um dos cacifes do bloco parlamentar que, em governos anteriores, se alinhou às gestões de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e do próprio Jair Bolsonaro (PL), trocando apoio por cargos. Há interesse no encontro com o presidente também por parte de Lira, que tenta a reeleição à Presidência da Câmara.

Metrópoles

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