O senador Rogério Marinho (PL) admitiu um cenário de pessimismo, do ponto de vista econômico, no Brasil para 2025. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, ele fez críticas que o atual o Governo Federal está repetindo os mesmos métodos utilizados em 2015 e 2016, durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), período em que o país viveu uma das maiores crises econômicas da sua história.
“Em 14 anos do Governo do PT, nós estamos vendo a repetição dos mesmos métodos, com os mesmos personagens, com a mesma estratégia, com uma diferença: com a velocidade maior. Então naquela época nós perdemos quase 7% do Produto Interno Bruto (PIB), perdemos mais de 3 milhões de postos de trabalhos, foram fechadas centenas de milhares de empresas por todo o país, e agora a gente vê essa marcha da insensatez acelerada”, disse.
Também secretário-geral do Partido Liberal (PL), ele afirmou que o Governo Lula teria criado uma “armadilha” para si mesmo ao implementar o aumento real do salário mínimo, medida que, embora bem recebida pela população, segundo ele, não reflete uma melhora real no poder de compra dos brasileiros. Marinho destacou que o reajuste acima da inflação, sem correspondência com um aumento de produtividade, acaba gerando distorções econômicas.
Ele exemplificou a situação com dados de 2023, quando o salário mínimo foi reajustado em 6%, enquanto o dólar, que era cotado a R$ 4,80 no início do ano, subiu para R$ 6,10, uma alta de 30%. “Esse real é ilusório, porque corroeu o poder de compra da população.”, criticou o parlamentar, ao ressaltar que o impacto dessa desvalorização é sentido diretamente pela população mais vulnerável.
Segundo o senador, os preços de itens básicos como arroz e feijão praticamente dobraram, enquanto a carne, como a picanha, alcançou o valor mais alto dos últimos 20 anos. “Isso é facilmente perceptível para a dona de casa. Quem ganha até dois salários mínimos compra em média 80% do que recepciona com alimentos e gêneros de primeira necessidade”, afirmou o senador, destacando o efeito do aumento dos preços na vida cotidiana das famílias brasileiras.
Tribuna do Norte