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Livro ‘O Mais Querido’ conta 109 anos de história do ABC FC

FOTO: DIVULGAÇÃO

Os 109 anos de história do ABC Futebol Clube estão ao alcance dos torcedores do clube no livro O Mais Querido: uma história do ABC Futebol Clube (1915-2023), do jornalista Adriano de Sousa, que será lançado no dia 15 de agosto (quinta-feira), a partir das 17h, no 294 Bar & Restaurante, à avenida Deodoro, 294, em Petrópolis. “Existem várias publicações sobre o ABC, entre livros, plaquetes, almanaques, revistas institucionais ou jornalísticas e coleções de fascículos. Todos têm em comum o fato de se deterem sobre aspectos específicos da história do clube – personagens, lugares, eventos, datas –, sem a intenção de oferecer uma visão abrangente da história do clube, seguindo o fio cronológico desde a fundação. O meu livro diferencia-se dos demais por abraçar essa pretensão inédita”, explica o autor.

A obra é patrocinada pela Casa de Saúde São Lucas, por meio do Programa Cultural Djalma Maranhão, da Prefeitura de Natal. O preço de venda é R$ 100.

Adriano de Sousa tem 62 anos e nasceu em Alexandria-RN. É torcedor do ABC Futebol Clube, mas afirma que a condição profissional se sobrepôs à afeição, impedindo que o livro assumisse um aspecto de mera celebração, sem visão crítica sobre a trajetória do clube de futebol mais popular do Rio Grande do Norte. “O livro dá conta da grandeza do clube, enumerando suas conquistas, mas também evidencia as deficiências estruturais dos clubes e do nosso futebol, que explicam o desaparecimento de várias agremiações na capital e no interior e a incapacidade de ABC e América de se manterem pelo menos na Série B do Campeonato Brasileiro, arrastando-se pelas Séries C ou D”, esclarece Adriano.

A pesquisa histórica começou em 2010, estendendo-se pelos anos seguintes em períodos intermitentes determinados pelas demais atividades profissionais do autor. A redação tomou cerca de seis meses da primeira onda da pandemia de Covid-19, em 2020, quando o autor estava em regime de isolamento social na praia de Santa Rita, em Extremoz (RN). A impossibilidade de publicá-lo nos anos seguintes ocasionou duas atualizações, estendendo o ponto final do livro até 2023.

O livro corrige informações sobre fatos, datas e nomes envolvidos na fundação e na primeira infância do ABC, e que foram criadas ou propagadas erroneamente até mesmo em publicações do clube. Além disso, amplia o repertório sobre o ABC e o futebol potiguar em geral, acrescentando novas fontes àquelas usualmente utilizadas – jornais, arquivos públicos e privados, entrevistas com personagens históricas – e estabelecendo relações entre a história do clube, “que não existe no vácuo”, e a da cidade e do estado.

“Nas minhas pesquisas, percebi que há uma certa preguiça em buscar fontes alternativas a essas tradicionais, o que significa restringir a importância do futebol na cultura potiguar, no sentido antropológico”, afirma o jornalista. “Para minimizar esse problema, identifiquei fontes adicionais e autores – livros de memórias de esportistas, políticos e empresários, biografias, obras literárias, anuários, história de entidades e instituições públicas ou privadas – em que havia bastante informação sobre o ABC e sobre o futebol potiguar. A partir do meu livro, essas fontes passam a compor o universo local de pesquisa sobre o clube e o esporte.” Entre outros intelectuais e artistas, a pesquisa identificou a presença dos esportes em geral, do futebol e/ou do ABC em textos de Jorge Fernandes, Luís da Câmara Cascudo, Verissimo de Melo, Esmeraldo Siqueira, Oswaldo Lamartine, Sanderson Negreiros, Alex Nascimento, Moacyr de Góes, Polycarpo Feitosa e Jaime dos Guimarães Wanderley.

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