O empresário Bruno Raposo viveu um momento delicado em meados de abril, quando precisou fechar o seu empreendimento por causa da pandemia do coronavírus, que naquele momento registrava seus primeiros casos no Rio Grande do Norte.
O fechamento do comércio não essencial e a restrição na circulação de pessoas como medida de contenção do vírus atingiram o negócio do empresário, mesmo com ele atuando na área de produtos de higiene, o que, na teoria, poderia significar um ganho de mercado num período como esse, de novos hábitos.
“Eu trabalho com fornecimento para hotéis, bares e restaurantes. A gente tem uma porcentagem boa de restaurantes ali em Ponta Negra, e também pousadas, setores que, de uma hora pra outra, fecharam”, explicou. “Não tinha para quem vender, porque houve o lockdown”.
A crise provocou demissões e a suspensão de contrato de outros quatro funcionários – baseado na medida provisória publicada pelo governo federal em abril. A empresa viu seu quadro reduzido de 11 para cinco profissionais.
Bruno, então, viu o faturamento despencar em até 60% entre abril e julho. Por isso, decidiu recorrer a uma linha de crédito como forma de equilibrar as contas e não precisar reduzir ainda mais o quadro de funcionários.
O empresário é um dos mais de 2 mil do estado que aderiram ao FNE Emergencial, linha de crédito operada pelo Banco do Nordeste (BNB), que foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em abril para atender setores produtivos dos municípios com situação de emergência ou estado de calamidade pública pela Covid-19. Os recursos são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).
G1RN